A realização do próximo campeonato da Europa continua a dar que falar pelas piores razões. Ainda recentemente, o Presidente da UEFA, Michel Platini, ameaçou retirar a organização da competição à Ucrânia e Polónia, devido aos atrasos que se verificam na preparação. Já esta quinta-feira, uma empresa austríaca abandonou o projecto de construção de um estádio na Ucrânia, o que vem agravar ainda mais o cenário.
A Alpine, nome da construtora, decidiu não avançar com o projecto por divergências financeiras com o Governo ucraniano. A agência Lusa cita um dos responsáveis da empresa que explica que «as autoridades locais queriam o estádio construído por 85 milhões de euros, incluindo 20 por cento de IVA», o que no entender do responsável «é impossível». O mesmo dirigente avança que «seriam precisos outros 40 milhões de euros para completar o projecto».
O estádio seria construído em Lviv, uma das principais cidades da Ucrânia, e teria capacidade para 30 mil espectadores. O presidente da câmara não atribui grande importância a este recuo e continua a acreditar que «Lviv continua a ter boas hipóteses de ser escolhida como uma das sedes do Euro-2012».
A UEFA não prestou qualquer comentário relativo a esta situação, mas mantém-se atenta ao que passa nos dois países. Ucrânia e Polónia já foram avisadas, por mais de uma vez, que «qualquer dificuldade registada em algum dos países organizadores da prova poderá pôr em dúvida a co-realização do Euro-2012».
A Alpine foi a responsável por estádios como o Allianz Arena de Munique e como o Tivoli em Innsbruck, um dos palcos do Euro-2008, na Áustria.