Fugindo ao óbvio, fixem estes nomes: Moisés, Frechaut, Rodriguez, Bruno Tiago, Luís Aguiar, César Peixoto, Meyong e Rentería. Não se trata da enumeração dos heróis do Sp. Braga pela conquista da Taça Intertoto. São, isso sim, os oito nomes constantes do boletim clínico do clube arsenalista a 3 de Março.
A carreira na Europa é impressionante e deve encher Portugal de orgulho. A recuperação na Liga também faz justiça ao estatuto do Sp. Braga.
Mas, sinceramente, o que mais cativa é a definição de um sistema e de uma identidade que resiste a contínuas baixas. Falar em guerreiros do Minho não soa a exagero. O Sp. Braga adopta a postura correcta nos jogos europeus e recolhe os frutos da ousadia.
Foi a primeira equipa portuguesa a iniciar a época e joga com uma ambição inabalável, frente a um St. Liège ou a um AC Milan. E parece até pensar no nosso ranking, anulando uma derrota pouco importante com uma bomba soberba de Luís Aguiar.
Regressando à terra sem grande espaço para respirar, Jorge Jesus, qual Bom Jesus de Braga, aguarda um derby do Minho sem os três principais centrais e o goleador Meyong. Joga com Stélvio atrás e resolve o jogo com Paulo César a marcar. O Sp. Braga reinventa-se e não encolhe.
Jorge Jesus concentra atenções neste crescimento europeu do Sp. Braga. A Taça Intertoto é um prémio justo para um campeão de longa distância numa corrida com lesões a cada quilómetro. Foram dezenas e dezenas de jogos, mas os guerreiros continuam de pé. Continuem assim!