A decisão da proprietária do clube de mudar a sede do clube para outra cidade, devido à falta de apoios financeiros da autarquia de Cluj, enfureceu os adeptos do Universitatea. Cerca de 400 invadiram o último treino e ameaçaram os jogadores de futuras agressões físicas.

«Disseram-nos que se partirmos e jogarmos noutra cidade, vão atrás de nós e vão agredir-nos. A nós e às nossas famílias. Estou preocupado, não saio de casa, por recomendação dos dirigentes do clube e sinto-me muito angustiado. Compreendo a desilusão dos adeptos, mas nós somos profissionais, temos de jogar onde nos disserem que o devemos fazer. Estou, de facto, muito preocupado», disse o madeirense Paulinho ao site da makefoot.

A decisão de sair parece ser irreversível e, de acordo com a imprensa romena, a dona do clube já terá assinado um contrato com a autarquia de Buzao, uma cidade que há dois anos não tem nenhum clube na Primeira Liga e que ofereceu apoios financeiros ao Universitatea Cluj.

«Não sei, francamente, o que vai acontecer. Sei que devemos jogar este fim de semana em Bucareste, depois não sei de mais nada. A minha preocupação, nesta altura, prende-se com a minha segurança e principalmente da minha família. Veremos como termina toda esta confusão, porque estou aqui para jogar futebol e dar o meu melhor e ser recompensado por isso. Ainda por cima, o mercado de transferências fecha hoje, pelo que, temos de aguentar até Janeiro», acrescentou Paulinho.

Este fim de semana, o Universitatea Cluj vai defrontar o Concordia, anterior clube do médio português.