Encontro típico de final de liga. À partida não havia drama, duas equipas com os objectivos garantidos que nem precisavam de fazer grandes contas, sustentadas em processos seguros e algum nervo competitivo. Havia apenas que jogar um futebol mais ornamental, que divertisse os aficionados que pagaram o bilhete. Assistiu-se a um encontro dividido entre ataque (pouco) continuado e o contra-ataque perigoso do Beira Mar.
Ganhou o V. Guimarães, cada vez mais activo e a querer fechar o campeonato em curva ascendente, com o desejo de chegar mais moralizado à final da Taça de Portugal. E a procurar ainda agarrar o 5.º lugar, particularmente cobiçado. Logo aí uma questão de honra para os «brancos», que jogavam o prestígio e a ambição.
Sem grandes pressões, de parte a parte, as duas equipas centraram a estratégia na procura de bons momentos e golos. Ao futebol mais largo e desenfreado do Vitória, fortemente personalizado, devido ao desempenho agitado de Toscano e Anderson, respondeu a formação do Beira-Mar através de combinações rápidas e directas entre Leandro Tatu, Rui Sampaio e Artur. Uma exibição simplificada dos homens de Rui Bento. A equipa avançava e actuava de forma firme e com entrega. Acabou a 1.ª parte por cima, ainda que teimasse o 0-0.
Mais querer dos vitorianos
Devido a uma melhor circulação de bola, o V. Guimarães entrou para a segunda parte cheio de disponibilidade e disposto a lutar, no essencial, por um resultado positivo. Partida interessante de seguir tendo em conta a audácia e abertura dos «locais».
À beira do regresso ao Jamor e a viver em permanente pressão, o V. Guimarães queria evitar complicações ou fatalismos diante dos seus adeptos e, mais sóbrio e preso à bola, criava mais perigo. A equipa de Manuel Machado revelou qualidade, consistência e acreditava nas suas possibilidades.
Toscano alimentou com corpo e alma a condução do jogo e produziu ameaças. Marcou a diferença com potência e um remate de classe que fez a diferença, somando-se ainda a exibição de Rui Miguel acima da média na dinâmica e mobilidade colectiva.
A formação aveirense, entretanto, cumpriu muito menos na segunda parte, ainda que Wilson tenha enviado uma bola ao poste da baliza de Nilson. No global, o Beira Mar deu um passo atrás e perdeu-se no terreno, até porque o «bloco» já não funcionava como na primeira parte. A equipa perdeu frescura para acompanhar o «forcing» constante do V. Guimarães.
E o golo surgiu na ponta final do encontro. Destino fatal para Rui Rego, enorme na noite de Guimarães. O guarda-redes teve de resgatar a bola do fundo da baliza. 1-0, por Toscano. Golo. Grande momento.
Mas, apesar disso, o Beira Mar continuou em redor do empate e quase marcou no tempo de compensação. Valeu Nilson a mostrar que é um excelente guarda-redes. O V. Guimarães segurou a vantagem de acordo com os seus interesses. Mais três pontos e um último esforço na reconquista do quinto lugar.
Vitória Guimarães
8 mai 2011, 22:59
V. Guimarães-Beira Mar, 1-0 (crónica)
Um jogo típico de final de época, resolvido por Toscano já perto do fim. Os vimaranenses estão em quinto lugar.
Um jogo típico de final de época, resolvido por Toscano já perto do fim. Os vimaranenses estão em quinto lugar.
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