O V. Guimarães realizou esta quarta-feira o primeiro treino da nova época, numa sessão que contou com a presença de cerca de dois mil adeptos e uma tarja onde se podia «Sacrifício e suor para um Vitória melhor». A época vimaranense, porém, não começou pacífica: não para todos, pelo menos.

O guarda-redes Nilson, um dos mais antigos do plantel, ouviu assobios e apupos dos adeptos, ele que recentemente recusou baixar o ordenado que recebe. Notou-se, de resto, um clima pacífico entre massa associativa e restantes jogadores, havendo até aplausos para o presidente Júlio Mendes.

Antes do primeiro treino, Rui Vitória falou aos jornalistas e confessou as preocupações pelas dificuldades em formar um plantel. «Estaria a mentir se dissesse que isto é normal, o ideal seria começar com um grupo quase definido, mas o clube está a arrumar a casa», referiu o treinador.

«Vamos fazer o nosso caminho, que é difícil, mas sabemos disso e estamos preparados. Como treinador gostaria que as coisas estivessem melhores, mas o Vitória está a passar por uma reestruturação, por uma mudança de filosofia e até de paradigma, para construir um futuro melhor.»

O treinador, de resto, desvalorizou a crise financeira e garantiu acreditar num futuro melhor. «O Vitória está avançado no tempo e a fazer o que alguns clubes terão que fazer. Daqui a dois ou três anos vamos ter jogadores a um nível muito elevado e que vamos estar à frente de muitos clubes.»

Refira-se por fim que João Alves falhou o primeiro treino, devido a uma ferida no pé direito. Tomané, Marco Matias, Paulo Oliveira e Dinis, da equipa B, integraram a sessão de trabalho, para completar o grupo. O V. Guimarães tem nos próximos tempos oito jogos até encerrar a pré-época.