Nilson não esconde algum ressentimento por não integrar o leque de capitães do Vitória do Guimarães. O guardião brasileiro vai para a sétima época no Minho e desejava ter um papel mais visível no grupo, embora não a qualquer preço.

«Para ser sincero fiquei magoado. Não entendo o porquê de não ser um dos escolhidos tendo eu tantos anos de casa. Mas nunca me deram uma justificação. Falaram-me de uma forma vaga mas também nunca corri atrás disso. O que eu gosto de fazer no Vitória é jogar futebol. Claro que é uma honra mas não quiseram assim...», lamentou, em entrevista à Rádio Fundação.

O brasileiro disse ainda desconhecer «de quem partiu a ideia de não ser um dos capitães», mas garante que não é algo que vá investigar. «Não se compra a braçadeira, conquista-se. Eu acho que tenho voz activa no clube e merecia ao menos uma justificação. Por que não falei antes? Nunca me perguntaram», atirou.

Actualmente, o capitão do Vitória é Alex, mas Nilson já usou a braçadeira noutras temporadas.

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O guarda-redes falou, ainda, da renúncia à selecção do Burkina Faso, lamentando não ter realizado «um sonho de menino» e afirmando que se transformou «um nada» num «problema».

«A decisão não foi fácil. Tive que ligar ao seleccionador Paulo Duarte e ele entendeu pois já se andava a falar muito nisso. Decidi porque gosto do clube, porque amo o clube e estou aqui há muito tempo sem criar problemas e não ia ser agora. Então decidi abdicar de algo que eu gostava de realizar», explicou.