A figura: Soudani

Deu corpo a uma exibição positiva. Atuação a transbordar qualidade de jogo, rasgo e talento. Com um futebol evoluído alargou o perigo para a baliza de Oblak. Boa sequência de trocas de bola a dar profundidade ao futebol do V. Guimarães e a criar condições para marcar. Com o poder de um avançado assinou várias jogadas com êxito. Bastante ativo e versátil, agarrou o ataque e fez a equipa respirar corretamente. Mas ficou o toque da bola, bem tratada, sob os seus pés. O avançado voltou para dar boa conta na finalização e consumou as intenções de Bruno Teles. Um experiente avançado deve ser isto na linha da frente. Um dos melhores durante a maioria do tempo, apesar de vários suspiros de golo desaproveitados. Mas bisou.

O momento: a estocada final do magrebino

Furor na área aos 85 minutos. Coroou com êxito a supremacia da equipa no relvado e apontou o terceiro golo, que abalou de forma decisiva o adversário. Encontrou o caminho que conduziu ao 1-0 e sentenciou (3-2).

A desilusão: defesa pouco coesa

Uma dupla de centrais que deu azo a algumas confusões no centro do setor mais recuado, tão permeável, a sofrer demasiado para travar os avançados do V. Guimarães. Uma má retaguarda, desfalcada, que afetou a equipa em circunstâncias penalizantes. O sentido da derrota teve muitos apontamentos sublinhados a vermelho no plano defensivo.

Outros destaques:

Bruno Teles: anda, vamos marcar Soudani

O defesa-esquerdo acentuou a pressão em diversas fases transitórias do encontro. Influente e a jogar simples, relançou a equipa para uma exibição positiva e segura. Assinou o 2-1 com um remate cheio de oportunidade. Os bons lances protagonizados tiveram resultados práticos na conclusão de algumas jogadas.

Pedro Mendes

Caminha para a boa forma. Equilibrou o meio-campo e recuperou muitas bolas. O «cérebro» no centro do terreno acentuou a pressão na segunda parte. Um «velho» que merece todo o crédito. A equipa saiu beneficiada com a sua ação, entrega e empenho.



Bruno Moraes e Djaniny

Com corpo e alma, lance após lance, ameaçou e marcou. O melhor jogador do U. Leiria merecia outra sorte, depois de tanta insistência e interesse em levar a equipa para a frente. O jogo ofensivo ficou por conta de Bruno Moraes. Mais tarde com Djaniny criaram estragos. Uma dupla com rapidez, destreza e qualidade. Evidenciaram desenvoltura para, no mínimo, criar perigo para a defesa passiva do V. Guimarães. O contra-ataque tímido e inativo desabrochou na segunda parte, mas não chegou para evitar a derrota.

Ivo Pinto

Um mergulho na agonia, lenta e dolorosa, a desdobrar-se em cada bola perdida pela equipa. Poucos acompanharam o ritmo do camisola 2, que procurou manter a equipa em condição de continuar a lutar por um resultado mais positivo. Ivo Pinto tem mais qualidades e experiência que o recomendam.