Dois jogadores do V. Setúbal envolveram-se esta noite em agressões com um adepto no final do jogo em que os sadinos saíram derrotados por 3-0 com o F.C. Porto. A situação chegou a provocar algum pânico, ouviram-se alguns gritos, e muita, muita confusão com futebolistas do Vitória no meio.
O primeiro jogador a ficar exaltado foi Mário Carlos, que se envolveu numa disputa verbal com um adepto do Vitória. A situação «aqueceu» de tal forma que o extremo, que esta noite foi substituído à meia hora de jogo, tentou chegar a vias de facto com o adepto com quem trocou bocas durantes alguns segundos. Depois, foi Marco Tábuas a intervir para tentar acalmar os ânimos e apartar os dois intervenientes. Jorginho, médio do F.C. Porto, e ex-jogador do Vitória, que confraternizava com antigos colegas no local, saiu rapidamente da confusão e dirigiu-se ao autocarro portista, que ainda estava estacionado diante do estádio.
Mas a situação piorou. O guarda-redes do Vitória, que tinha chegado para refrear ânimos, acabou também ele por se envolver com o mesmo adepto, primeiro também em agressões verbais, só que, de seguida a disputa passou aos confrontos físicos. Marco Tábuas chegou a dar um pontapé no adepto, ainda que o alvo pudesse tanto ser o alegado provocador do incidente como as pessoas que o cincundavam na altura. A verdade é que a situação esteve, por alguns segundos, incontrolável dada a fúria do guarda-redes em pedir satisfações ao adepto. Pelo meio, Tábuas dizia que não admitia ser insultado.
Vários jogadores do Vitória tentaram então acalmar os ânimos, mas os dois jogadores envolvidos estavam mesmo muito exaltados e foi preciso chamar a Polícia. Mário Carlos teve de ser levado para o café junto do Estádio do Bonfim para se acalmar, depois para junto do estacionamento onde estão os carros dos jogadores, para ser afastado da confusão. Vários futebolistas do Vitória que saíam das instalações na altura tentaram também afastar os colegas do centro da discussão.
Cerca de 20 agentes da PSP apareceram na cena dos desacatos, mas, na altura em que chegaram, Mário Carlos e Marco Tábuas já tinham sido separados da multidão que se tinha juntado e levados para fora do Estádio do Bonfim. Carlos saiu numa viatura ainda visivelmente irritado, enquanto Marco Tábuas seguiu pelo próprio, sempre acompanhado por amigos e elementos ligados ao clube sadino.