Por: Paulo Brito

O Marítimo garantiu três pontos no Estádio do Bonfim, graças a uma segunda metade de grande nível. O V. Setúbal não aguentou a entrada forte dos insulares na etapa complementar. Bom jogo com seis golos nesse período (2-4)

Embalados pelo triunfo na última jornada frente Vitória de Guimarães, os sadinos entram fortes em capo. Mas o Marítimo cedo mostrou que não estava intimidado pelos milhares de adeptos presentes no Bonfim.

O Vitória, ajudado pelo seu público e principalmente pelas arrancadas de Ricardo Horta, chegava com perigo à área do Marítimo mas deparava-se com um Igor Rossi irrepreensível.

O Marítimo tentou marcar por Heldon e Derley, deparando-se com a oposição de Kieszek e a falta de inspiração do avançado brasileiro na primeira parte.

Num lance muito polémico, Tiago Terroso esteve a centímetros do golo mas Igor Rossi evitou a festa com um corte em cima da linha. Os adeptos pediram mão na bola e penalty. O árbitro nada marcou.

A primeira parte terminou ficando a imagem de um jogo bastante equilibrado. Mas o melhor estava para vir.

Na segunda parte Pedro Martins agitou a equipa maritimista. Logo ao minuto 49, o lateral esquerdo Rúben Ferreira foi ao ataque e na linha de fundo deixou de calcanhar para Heldon. O número dez, com grande classe, rematou em jeito para o poste mais distante, deixando Kieszek preso ao chão. O Marítimo abria o marcador.

Três minutos depois o Marítimo voltava a marcar. Novamente o incansável Rúben Ferreira, ganhou a bola a entrar na área, deixou para Alex Soares, que sem oposição assistiu para Derley. O avançado desta não falhou e abanou as redes pela segunda vez.

A equipa visitante apresentava um ritmo imparável e Danilo Dias entrou em campo para assinar o terceiro.

Ao minuto 66, já depois de um tento anulado, o Vitória chega mesmo ao golo num lance bastante confuso, em que François, defesa dos sadinos, introduz a bola na baliza insular, dando esperança à equipa e os seus adeptos para o resto do jogo.

Mas o Marítimo tinha o jogo controlado e o meio-campo do Vitória não conseguia mais que passes longos à procura de Cardozo. Desta vez, não chegou.

Chegou sim o minuto 87 e Derley confirmou os três pontos. O avançado recebeu a bola no ataque e sem oposição rematou para o fundo das redes de Kieszek. Ainda houve tempo para Rafael Martins marcar o 2-4, insuficiente para alegrar os adeptos sadinos.

O Marítimo mostrou que está bastante bem, depois do empate na última jornada em casa frente ao Olhanense. Defesa compacta, meio-campo trabalhador e avançados finalizadores. Ao Vitória faltou uma defesa coesa e principalmente um meio-campo à altura para servir Cardozo.

No final do jogo, os adeptos locais protestaram com o Kieszek pela exibição e os golos consentidos. O guarda-redes não gostou e respondeu, num bate-boca dispensável.