Quarta-feira é um dia grande para o futebol. Na América do Sul, por exemplo, dois históricos lutam por uma vaga no Mundial 2010. Fala-se de Argentina e Uruguai, claro. Dois países importantes para o futebol, com uma rivalidade histórica. Defrontam-se em Montevideu, num jogo que está a inflamar os adeptos das duas selecções.
Valeri tem Deco como exemplo: «Gosto muito dele»
Valeri é um dos que está a torcer por fora e está, também ele, capaz de roer as unhas, claro. «É uma situação estranha para a Argentina, mas vamos ser optimistas», referiu nesta segunda-feira. «A Argentina é uma selecção importante e tem muitos jogadores com experiência para responder bem numa situação de pressão como esta.»
Do outro lado vão estar, de resto, vários companheiros de Valeri. Na selecção uruguaia jogam Fucile, Álvaro Pereira e Rodriguez. «Já disse aos uruguaios que foram à selecção para terem cuidado porque a Argentina tem de estar no Mundial», sorri. «Não fiz nenhuma aposta, mas se eles se portarem mal vão ter problemas quando chegarem.»
Valeri coloca F.C. Porto, Benfica e Sp. Braga ao mesmo nível
Pelo caminho Valeri falou também de Portugal. O futuro para a Selecção Nacional parece mais simples do que para a Argentina e Valeri regozija-se por isso. «Gostava de ver Portugal no Mundial. Pela qualidade de jogadores que tem, não pode falhar o Mundial. Um Mundial sem Portugal ou sem a Argentina, não teria a mesma qualidade.»
Visitou os jovens do F.C. Porto e aconselhou-os a não largar os estudos
Valeri falou aos jornalistas numa visita à Casa do Dragão. No lar onde moram mais de 40 jovens das camadas de formação do clube, o argentino teve direito a uma visita guiada e falou com os miúdos do clube. «É importante estar com eles e dar-lhe coragem para continuar. Às vezes o caminho nos escalões de formação é muito duro», disse.
«Eu sei porque também fui menino e também fui jogador das camadas de formação de um clube na Argentina. Olha-se muito para os seniores como um exemplo. Por isso aproveito para lhes dizer que aproveitem tudo isto, que aproveitem a organização do clube e que coloquem toda a força no sonho de chegar a profissionais», frisou.
Valeri chamou a atenção, porém, para a necessidade de estudar. «Não podem esquecer-se de apostar na formação pessoal e no que podem fazer depois do futebol», disse. Ele sabe do que fala: concluiu a escolaridade obrigatória e esteve quase a entrar na faculdade para estudar Ciências Sociais. Só não o fez porque o futebol não deixou.