Giovanni van Bronckhorst pode ter um final de carreira que poucos jogadores tiveram, e muitos terão sonhado. O esquerdino vai despedir-se dos relvados neste domingo, e como capitão holandês pode arrumar as chuteiras com a taça de campeão do Mundo nas mãos.

«Desde miúdo que acompanho os Mundiais. Poucos jogadores tiveram o privilégio de erguer o troféu. Vi Maradona, Cafú e Dunga conseguirem-no. É um sonho levantar o troféu. Seria muito importante para mim e para a Holanda», disse o jogador, na conferência de imprensa de antevisão do encontro com a Espanha.

Há três meses, quando anunciou a sua reforma, Van Bronckhorst começou a sonhar com uma despedida no Soccer City. O dia 11 de Julho chega, e o desejo cumpre-se. Resta agora saber se o adeus será em festa, ou inundado em lágrimas. Perante tamanha decisão, o futebol atraente fica para segundo plano. «Na final, o mais importante é ganhar», assume.

O capitão holandês reconhece que a Espanha «tem jogado muito bem nos últimos anos», e por isso o jogo vai ser muito difícil, mas garante que a equipa está confiante.

Na sua despedida, Van Bronckhorst vai procurar fazer uma desfeita a Xavi. Um amigo que ganhou em Barcelona, mas com o qual vai discutir agora um troféu. «Jogámos juntos muito tempo, e criámos uma boa relação. Temos o hábito de ligar um ao outro, ou mandar SMS, a desejar sorte. É estranho defrontá-lo, mas só um pode ganhar, e espero que seja a Holanda», disse o holandês.