O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), assume a mudança no seu discurso ao defender um Estado orientador da economia.

No programa Prós e Contras, na RTP, citado pela «Rádio Renascença», Francisco Van Zeller admitiu não haver dinheiro para as grandes obras públicas, «porque o crédito internacional não existe e o crédito nunca seria nacional».

Francisco Vanzeller apresentou uma nova postura, ao concordar com o Professor Marcelo de Rebelo Sousa no que diz respeito ao liberalismo: «vale a pena fazer ainda menos de liberalismo» e «o Estado, provisoriamente, pode orientar a economia».

«Mais vale refazer o programa todo (das grandes obras públicas)», isto porque «as empresas que concorreram a essas obras, já reconheceram (as dificuldades financeiras) e já estão a dialogar com o Governo porque não têm capacidade de se endividar», afirmou o presidente da CIP.

O socialista Daniel Bessa, por seu lado, expressou apoio às últimas posições de Manuela Ferreira Leite ao afirmar que «tudo o que exige dinheiro está comprometido».

O pessimismo não difere muito de Francisco Vanzeller, visto que «o que está em causa é não haver dinheiro».