«Os meios que temos têm que ser mobilizados de forma mais intensa para fazer face à crise económica», disse o ministro à margem de uma reunião do Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Para Vieira da Silva, é necessário reagir aos dados sobre a economia portuguesa divulgados esta manhã, mas «tendo em conta que se trata de uma situação económica global». O executivo ressalva que esta crise não atinge só Portugal.
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Note-se que a economia portuguesa teve a terceira maior contracção entre os países da Zona Euro, no quarto trimestre, face ao trimestre anterior.
O ministro disse ainda que as medidas que o Governo tem em curso em defesa do emprego têm de ser usadas com «mais intensidade».
«Não podemos permitir que esta crise mundial possa ferir de morte actividades económicas e sectores essenciais para a economia do país», disse.
Quando questionado em como vê esta vaga de despedimentos que assola Portugal, Vieira da Silva diz que «a situação é reflexo de fundo do que estamos a viver. Se não se apoiam as empresas, os empregos também não são salvaguardados».
Quanto às medidas de combate, «temos que analisar essa área que é a mais crítica de todas», conclui.
Quanto às conclusões gerais do encontro da OIT, tanto empregados como empregadores defendem mais apoios às Pequenas e Médias Empresas, menos proteccionismo e mais diálogo social.
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