Luís Filipe Vieira vincou os baluartes da sua campanha eleitoral no discurso de vitória no Pavilhão da Luz. O reeleito presidente do Benfica destacou o «movimento popular impressionante» que conduziu à sua vitória, naquelas que foram as eleições mais concorridas da história do clube.
OFICIAL: Vieira vence com 83,02 por cento
«Hoje ganhou o Benfica», começou por dizer, destacando que, agora, deixam de haver «vencedores e vencidos», existindo, apenas, «benfiquistas que vão unir esforços para continuar a construir o futuro do clube».
«Os resultados foram claros. Não há margem para dúvidas. Os sócios votaram por uma opção clara nos direitos televisivos, por uma opção clara de não remuneração do presidente e dos respetivos órgãos sociais, pela manutenção e reforço das modalidades e futebol de formação, pela continuidade da luta pela verdade desportiva e pelo reforço na aposta no futebol profissional», enumerou.
Vieira disse, depois, que espera que todos «saibam aceitar os resultados com a dignidade que faltou na campanha, em alguns momentos». E atalhou: «Algo, aliás, bem visível, há momentos, nesta sala».
Vieira apupado por alguns adeptos
Por isso, o presidente do Benfica desejou que «desapareça qualquer tipo de ruído». «Serei o presidente de todos os benfiquistas e a minha porta está aberta como sempre esteve. Somos 250 mil e não 200 ou 300 a fazer barulho. Quem não for digno de estar no Benfica não vai estar. O Benfica não pertence a ninguém, mas a todos nós. É um clube do mundo», frisou.
A candidatura de Rui Rangel não foi, também, esquecida no discurso: «Se o doutor Rui Rangel e a sua equipa têm grandes projetos para o Benfica, como os direitos televisivos a 60 milhões de euros, que a partir de amanhã ou segunda venham ter comigo para os apresentar. Se têm um projeto para o Benfica ser campeão, amanhã venham dizer como se faz.»
E ainda respondeu ao adversário que prometeu estar vigilante. «Não é preciso vigiar-me que eu estou 16 horas dentro do Benfica. Pode vir a qualquer momento que estarei lá», assegurou.