O Villarreal-Arsenal terminou empatado a um, mas podia ter resultado num festival de golos, tal a insistência ofensiva das duas equipas. O submarino amarelo entrou melhor e criou sucessivas ocasiões de perigo nos primeiros minutos. Pode-se dizer que entrou «a matar»: futebol curto, de pé para pé, que deixou o meio campo e a defesa gunner parada a apreciar o espectáculo.
Os espanhóis conseguiram abanar as redes logo aos 10 minutos de jogo e chegaram a assustar os espíritos ingleses. Marcos Senna encheu-se de fé e abriu as hostilidades com um remate fantástico, indefensável para Almunia. O marcador funcionava através de um médio defensivo e logo com um golo de bandeira!
O carrossel do Villarreal ganhou ânimo com a vantagem e os jovens jogadores do Arsenal passaram um mau bocado. A equipa espanhola subia em bloco, muito junta, não falhava um passe e não perdia oportunidades para meter a bola na área. Já quanto a remates¿ é outra história. O futebol rendilhado dos espanhóis não terminava com a largada do poder de fogo e o Arsenal foi crescendo com isso.
(Apenas) pelos 17 minutos se viu o primeiro ataque temível da armada inglesa. Nasri ameaçou com um remate de fora da área e dois minutos depois Gallas, de cabeça, seguiu-lhe o exemplo. A noite não estava fácil para a equipa londrina e piorou quando Almunia (27min) e Gallas (42min) tiveram de ser substituídos por lesão. O Villarreal tomou o comando da partida novamente e Senna e Llorente, em dose dupla, puseram à prova o recém-entrado Fabianski.
O jogo manteve a toada até ao intervalo, sem que o Arsenal conseguisse fazer algo para travar a locomotiva amarela. A segunda parte trouxe o equilibro à partida e Fabregas, sempre ele, ofereceu um passe de morte a Adebayor. O avançado quis abrilhantar a jogada e fez um golaço, de bicicleta. Depois, foi um «tu-cá-tu-lá» nas duas áreas, com o Villarreal a procurar a vitória e o Arsenal a tentar o golo em contra-ataque.
Nada feito, tudo empatado. A vantagem é teórica para os gunners, que recebem na próxima terça-feira o Villarreal no Emirates Stadium.
VILLARREAL: Diego López, Gonzalo Rodríguez, Godín, Capdevilla, Ángel, Senna, Eguren, Cani (Mati Fernandez, 48m), Ibagaza (Guillermo Franco, 78m), Rossi e Llorente (R. Pires, 70m).
Treinador: Manuel Pellegrini
ARSENAL: Almunia (Fabianski, 27m), Clichy, Touré, Gallas (Djourou, 42m), Sagna, Denilson, Song, Fabregas, Walcott (Eboué, 78m), Nasri, Adebayor.
Treinador: Arsène Wenger