A empresa que detém o Aston Villa, a V Sports, informou esta noite que alcançou um acordo para comprar 46 por cento da SAD do Vitória de Guimarães.

Para a conclusão do negócio, fica só a faltar a aprovação dos sócios do Vitória, explica o clube inglês, em comunicado.

«A V Sports pretende criar uma sinergia entre os dois clubes, que encoraje a partilha de redes de olheiros por todo o mundo, metodologias no trabalho de formação, melhores práticas e estratégias de desenvolvimento de academias jovens na Europa e em África», lê-se, no documento.

Na mesma nota, de resto, Nassef Sawiris, um dos donos do Villa – o outro é Wes Edens – revelou que este é um acordo que está a ser trabalhado há cerca de dois anos: «As negociações, que decorrem há quase dois anos, evoluíram favoravelmente graças aos passos positivos dados pela direção liderada por António Miguel Cardoso, cuja energia e visão têm sido cruciais para finalizar o negócio.»

Por sua vez, António Miguel Cardoso, presidente do emblema minhoto, fala num «momento importante». «Desde a primeira reunião que o senhor Nassef Sawiris demonstrou ser um homem de compromissos sérios e que estaria disponível para ser o parceiro certo, que é o que o Vitória precisa neste momento importante da nossa história», disse.

Negócio renderá 5,5 milhões de euros

Também em comunicado, o Vitória deu conta do negócio que, a concretizar-se, renderá de imediato aos cofres da SAD vimaranense 5,5 milhões de euros.

«O Vitória Sport Clube tem em mãos a possibilidade de assegurar um parceiro económico de enorme relevo. Trata-se do fundo V Sports, liderado por Nassef Sawiris e detentor da propriedade do Aston Villa FC, que já chegou a um princípio de acordo com António Miguel Cardoso [presidente do clube] para a compra de 46 por das ações da SAD por 5,5 milhões de euros.»

De resto, informa ainda o Vitória que este futuro parceiro investirá dois milhões de euros em infraestruturas: «Em resultado do pré-acordo estabelecido, o futuro parceiro da SAD suportará o investimento de dois milhões de euros em infraestruturas, a aplicar em dois anos, tornando ainda possível uma linha de crédito até 20 milhões de euros, com taxa de juro sob condições preferenciais.»

[artigo atualizado]