O Comando da PSP de Braga, que regula a área que integra a esquadra de Guimarães, já reagiu às acusações de Mário Branco, sócio do Vitória que está internado depois de ontem, no final do jogo com o Boavista, ter sido ferido numa perna por uma bala de borracha. A vítima garante que foi atingido por alguém que se encontrava à paisana e tentava, munido de uma shot gun, dispersar os apoiantes que se encontravam em redor do D. Afonso, mas a versão da polícia é diferente. O sub-chefe Carlos Esteves assegurou ao início da tarde, numa declaração lacónica, que «o agente que baleou o senhor Mário Branco estava fardado e de serviço naquele jogo». 

Maisfutebol visitou Mário Branco no hospital minutos mais tarde e confrontou-o com a declaração das autoridades. Visivelmente agastado com a situação em que está envolvido, o sócio do Guimarães confirmou aquilo que já havia referido esta manhã, em contacto telefónico. «Tenho testemunhas de que a pessoa estava à paisana», assegurou, concluindo que a versão da PSP «só pode ser mentira». A ferida, ocultada por um penso, recordava-lhe a noite de ontem. «Disparou à queima roupa e depois fugiu para a beira de polícias que estavam efectivamente fardados», explicou, como que visionando toda a situação. 

A convicção de Mário Branco leva-o a garantir que vai «até às últimas consequências para resolver o caso». «A pessoa que me atingiu só pode ser maluca, pois estava a amedrontar miúdos de oito ano com uma arma. Foi por isso que me meti no meio da confusão», lembra.