O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, considerou, este sábado, que as invasões aos treinos ocorridas quer no clube minhoto, quer no Sporting, ambos da I Liga portuguesa de futebol, são lamentáveis, mas podem ser resolvidos.

«É bom que tenhamos todos, não só o Vitória, mas todo o país do futebol, a noção de que estes acontecimentos têm de ser banidos no futebol. A violência no desporto está na agenda política, e julgo que o caminho será haver uma penalização muito forte deste tipo de episódios», referiu o dirigente, à margem da assembleia geral dos minhotos, decorrida hoje, e na qual o orçamento do clube foi aprovado por maioria.

«Envergonha-me muito o que se passou em Guimarães. Tudo fizemos para o apuramento das responsabilidades», disse ainda o líder vitoriano, citado pelo jornal Record, comentando ainda as declarações de Bruno de Carvalho, que considerou mais graves os acontecimentos de Guimarães do que os que sucederam em Alcochete

«Para os mais ofendidos com as declarações do meu homólogo do Sporting, deixem-me dizer-vos: no Sporting os sócios entraram de cara tapada, aqui também. No Sporting acenderam tochas, aqui também. No Sporting agrediram jogadores, aqui também. Querem discutir quem são os melhores? Está tudo mal. Espero que os responsáveis pelo que aconteceu em Guimarães, que não identificamos porque estavam de cara tapada, tenham percebido que aquilo que pode parecer uma mera brincadeira pode transformar-se numa coisa muito complicada. O Vitória hoje vai ser um Vitória melhor», disse o Júlio Mendes.

Recorde-se que no dia 17 de janeiro, um grupo de 30 alegados adeptos vitorianos invadiu um treino da equipa então orientada por Pedro Martins, na preparação para o duelo com o Estoril-Praia, da 19.ª jornada (triunfo por 3-1).