Num jogo abaixo da Europa, o Vitória não conseguiu acabar com a série sem vencer sobre os minhotos. Nesta tarde, no Bonfim, teve excelente ocasião para acabar com um jejum que dura desde 2007 neste estádio e desde 2008 em todos os recintos da Liga. Num encontro em que apenas estavam em jogo posições na tabela e nada mais, imperaram erros sobre o relvado. Errou o Vitória, errou o Sp. Braga e errou também o árbitro. Aconteceu futebol, portanto.

De erro em erro

O Sp. Braga entrou melhor. Baseou-se nas combinações entre Ruben Micael e Rafa para transportar bola até ao ataque, ambos apoiados no trabalho defensivo de Luiz Carlos. O mais novo daqueles dois médios portugueses regressou ao onze inicial e mostrou que começa a estar a um nível bastante aceitável. Foi pela esquerda que os bracarenses chegaram à área, mas foi pela pressão de Pardo à direita que o jogo conheceu o primeiro erro. E o primeiro golo.

Pedroso quis jogar longo, a bola bateu no colombiano e sobrou para um regressado Éder. O ponta de lança não começava um jogo desde 7 de dezembro, mas nesta tarde atirou para um grande golo, de fora da área, a castigar a lentidão de Pedroso a despachar a bola.

O 1-0 era pouco para os remates que tinham havido, mas não havia dúvidas sobre quem tinha começado melhor esta disputa. Também não houve dúvidas de que, quando o árbitro assinalou uma grande penalidade de Eduardo sobre Dani [o contacto parece ser provocado pelo sadino] o Vitória já estava a reagir. Naquele momento, o jogo mudou de imagem por completo.

Ainda assim, foi só mesmo a imagem porque Ricardo Horta atirou o penálti por cima e o resultado ia assim até ao intervalo, com os sadinos a demorarem muito tempo a perceberem como jogar contra dez unidades depois de Eduardo expulso e Micael a dar lugar a Cristiano.

O segundo tempo trouxe um Vitória mais rápido, sobretudo pelas movimentações de Pedro Tiba . Que iam até ser decisivas no final. Tiba surgiu muitas vezes a sair do meio para a ala, com Horta e Zequinha a irem para espaços interiores. Foi Horta porém que continuou a desperdiçar ocasiões. Uma ao poste, uma ao lado, outra para defesa de Cristiano.

O Vitória pressionou bastante, merecia o empate, mas com o desgaste dos minutos o Sp. Braga lá ia afastando pressão, com Alan já em controlo no flanco esquerdo e Éder e Pardo a fazerem pela vida, enquanto Luiz Carlos tentava jogar por ele e pelo substituído Ruben Micael.

Ainda assim, o Vitória ainda tinha mais fôlego. E chegou ao 1-1, já depois de novo erro do árbitro, ao não assinalar uma grande penalidade sobre Pardo. Ficava a faltar apenas um erro do lado minhoto. E ele surgiu mesmo, numa abordagem defeituosa de Aderlan Santos que Tiba foi rápido a aproveitar e a chutar para o empate. O golo ainda rondou a baliza de Cristiano, mas o empate premiou, ainda assim, o esforço bracarense.

Depois de sair bastante cedo da aflição da permanência, o Vitória joga tranquilo na Liga, como joga agora este Sp. Braga. Porém, e ainda que o empate deixe as duas formações separadas pelo mesmo ponto com que iniciaram a partida e mesmo que o Sp. Braga se mantenha invicto frente ao adversário desta tarde, é bom lembrar que as duas épocas são antagónicas.