Dentro de momentos, todas as atenções do torneio de Wimbledon viram-se para o court número 18 da prova inglesa, onde o francês Nicolas Mahut e o norte-americano John Isner vão reiniciar aquele que já é o encontro mais longo da história do ténis mundial. Dez horas depois do início, o duelo prossegue com o quinto set empatado (59-59).

Pela primeira vez nos últimos 33 anos, Wimbledon terá também esta quinta-feira a visita da rainha Isabel II, que se sentará no camarote real do court central, onde o britânico Andy Murray defronta o finlandês Jarkko Nieminen e o espanhol Rafael Nadal tem encontro marcado com o holandês Robin Haase.

Mahut, 148º do ranking mundial, e Isner, 19º, reentram no court depois de na terça-feira terem jogado cerca de três horas e de ontem terem suspendido o encontro ao fim de mais sete por falta de luz natural.

«Nunca tinha acontecido uma coisa como esta e não vai voltar a acontecer. Estava com um serviço fantástico, fantástico, mas cada vez era mais difícil jogar. Antes de mais, gostava de ver as estatísticas. Custou-me suspender o encontro, mas é preciso fazê-lo quando as condições são tão discutíveis», afirmou Isner.

Por seu lado, Mahut já intitulou o encontro de «batalha terrível». «Pela forma como luta, Isner está a demonstrar que é um campeão. Nem sabia há quantas horas já estávamos a jogar. Eu queria continuar, mas já não via o suficiente. O que vai acontecer no recomeço logo veremos. Para já, é um contra um», acrescentou o francês.

Quem também ficou impressionado com o que se passou no court 18 foi Roger Federer. «Adoro isto. Sei que talvez eles não estejam a achar muita piada, mas é inédito no ténis. Se fosse eu, não sei se estaria a rir ou a chorar», afirmou o suíço.

No encontro que já superou todos os recordes - 9:54 horas, 163 jogos, 192 ases, 651 winners até agora -, o placard marca os seguintes parciais: 4-6, 6-3, 7-6, 6-7, 59-59. A maratona recomeça não antes das 15 horas na relva do complexo All England Club.