Para Mariano Zeman este será um jogo especial. Vestiu a camisola do Beira Mar, está identificado com o futebol português, mas é eslovaco. «Estamos na liderança do grupo, atrás de Portugal, apenas na diferença de golos, mais fortes e confiantes», disse o experiente defesa-central citado pela Agência Lusa. As perspectivas para o jogo de amanhã, quarta-feira, de apuramento para o Mundial-2006 são as melhores: «A Eslováquia é muito forte em casa e penso que temos hipóteses de conseguir um bom resultado».
O jogador apareceu na concentração da selecção eslovaca, pois encontra-se a recuperar de uma lesão nas costas que não permitiu a sua utilização na primeira metade da época. Esteve a falar com o seleccionador do seu país para inteirá-lo da sua condição física, no âmbito do despedimento do Beira Mar. «Estou lesionado, mas faço parte deste grupo», frisou o jogador que conta com 29 internacionalizações.
Zeman também traçou o perfil da equipa do seu país, alertando para determinados perigos que a equipa das quinas terá de ultrapassar: «Temos dois jogadores perigosos na frente, o Nemeth e o Mintal, mas a nossa equipa é muito mais do que dois jogadores». Porquê? «Somos fortes como equipa e, se não dermos espaço aos jogadores portugueses, teremos hipóteses, caso contrário a nossa tarefa será muito complicada», explicou, sublinhando que os jogadores eslocavos estão agora «mais confiantes».
Essa confiança dá um toque de confiança à equipa e permite milagres: «Agora, temos mais 10 por cento de hipóteses de vencer cada jogo e, mesmo quando não jogámos bem, conseguimos ganhar jogos». Em termos pessoais, o ex-central do Beira Mar está confiante no regresso à selecção do seu país. «Espero voltar, mas, por enquanto, a minha preocupação é recuperar o mais rapidamente possível de uma lesão nas costas. Não sei se ainda voltarei a jogar esta época», confessa, lembrando que o diferendo com o Beira Mar, por causa do seu despedimento, «vai ser resolvido nos tribunais, talvez no próximo mês».