A designer conseguiu, como já é habitual, casa cheia e nem o recinto maior deste ano foi suficiente para acolher tanta gente.
Muita gente que contribuiu para o atraso do inicio do desfile e aumentou o espectáculo que geralmente existe dentro deste tipo de espectáculo de moda: a conquista de um lugar na primeira fila.
Inventam-se desculpas, montam-se esquemas, apontam-se amigos imaginários influentes, tudo argumentos que dão verdadeiras dores de cabeça aos elementos da organização, responsáveis por arrumar as pessoas nos locais certos.
Só o afrouxar das luzes permite sentar à pressa quem ainda está de pé para que o desfile comece.
Ana Salazar deu início ao desfile de forma quase teatral, com a primeira das manequins a posicionar-se na passerelle em jeito de representação.
Para a estação quente a designer da moda, presença assídua na iniciativa desde a primeira edição, em 1991 apresentou a paleta a que já habituou o público fiel: preto, brancos e ligeiras tonalidades de pele.
Modelos estruturados que segundo a estilista «obedecem a uma abordagem do vestuário enquanto superfície em construção permanente e contínua do corpo».
Ana Salazar pretendeu apresentar ao público uma coleção que demonstra as etapas construtivas incluídas na produção de vestuário além dos alicerces que a sustenta.
Destaque para os acessórios arrojados que acompanharam algumas das propostas.
Os modelos desfilaram com maquilhagem carregada e penteados artísticos.
No final novo momento de representação. Seis modelos posicionam-se, estrategicamente, na passerelle para receber a estilista que é ovacionada com uma chuva de aplausos.
O futebolista Costinha, Eduardo Beauté, José Castelo Branco e Betty Grafstein, Raquel Strada, Margarida Rebelo Pinto e Catarina Flores foram algumas das figuras públicas presentes na plateia.
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