A luta sem classes que os líderes dos clubes estão dispostos a fazer, ameaçando mesmo com uma greve, não impressiona François Hollande, que continua a acenar com a crise e a necessidade de avançar com medidas de austeridade transversais.
Os clubes respondem com a ameaça de «morte do futebol francês» e estão decididos a avançar para uma paralisação total das competições no último fim-de-semana de novembro. Apesar da pressão da oposição e dos media, Hollande não cede nem um milímetro nesta «contribuição extraordiária de solidariedade», uma das suas principais promessas eleitorais na campanha de 2012.
Numa curta declaração oficial libertada pelo Palácio do Eliseu, após o encontro especial desta quarta-feira, é explicitado que o presidente recordou aos administradores dos clubes que a taxa será aplicada durante dois anos a todas as empresas que estejam dentro dos limites estipulados. Depois do tribunal constitucional ter chumbado a proposta de aplicação da lei a cidadãos, Hollande avançou para os empregadores, que deverão reter os impostos na fonte: «A necessidade de recuperar as contas públicas justifica, plenamente, o esforço pedido às firmas que optam por pagar salários anuais deste montante».
Apesar de cumprirem um pré-acordo para a aplicação de uma taxa adicional de 5%, os clubes de futebol enfrentam agora um cenário de pagamento de cerca de 44 milhões de euros, que constitui um impacto muito sério nas suas contas, mas terá uma influência apenas moral em termos públicos, dado que será um pequeníssimo contributo para aligeirar as contas gerais do Estado. Quase metade desse esforço teria de ser feito pelo Paris Saint-Germain.
Jornada em branco
O presidente do sindicato de clubes profissionais, Jean-Pierre Louvel, está determinado a avançar com a greve, oficialmente denominada «jornada em branco», e ameaça boicotar a comissão formada pelo governo para analisar as dificuldades da industria do futebol em França.
A verdade é que excluindo o Paris Saint-Germain e o Mónaco, que receberam o investimento de estrangeiros milionários, os clubes são relativamente pequenos e deparam-se com muitas dificuldades para competir com os rivais espanhóis, ingleses, alemães e italianos. Os dirigentes vincam a ideia de que a cobrança deste imposto não deve ser retroativa e que incida sobre o salário líquido e não bruto.
O presidente da federação francesa de futeboll, Noël Le Graët, opõe-se à ideia de greve, pois considera que «ainda há espaço para debater soluções». «Há um grito de alarme. Os presidentes dos clubes vão reunir e vamos ver o que podem fazer. A título pessoal, prefiro que se jogue futebol», disse.
Numa curta declaração oficial libertada pelo Palácio do Eliseu, após o encontro especial desta quarta-feira, é explicitado que o presidente recordou aos administradores dos clubes que a taxa será aplicada durante dois anos a todas as empresas que estejam dentro dos limites estipulados. Depois do tribunal constitucional ter chumbado a proposta de aplicação da lei a cidadãos, Hollande avançou para os empregadores, que deverão reter os impostos na fonte: «A necessidade de recuperar as contas públicas justifica, plenamente, o esforço pedido às firmas que optam por pagar salários anuais deste montante».
Apesar de cumprirem um pré-acordo para a aplicação de uma taxa adicional de 5%, os clubes de futebol enfrentam agora um cenário de pagamento de cerca de 44 milhões de euros, que constitui um impacto muito sério nas suas contas, mas terá uma influência apenas moral em termos públicos, dado que será um pequeníssimo contributo para aligeirar as contas gerais do Estado. Quase metade desse esforço teria de ser feito pelo Paris Saint-Germain.
Jornada em branco
O presidente do sindicato de clubes profissionais, Jean-Pierre Louvel, está determinado a avançar com a greve, oficialmente denominada «jornada em branco», e ameaça boicotar a comissão formada pelo governo para analisar as dificuldades da industria do futebol em França.
A verdade é que excluindo o Paris Saint-Germain e o Mónaco, que receberam o investimento de estrangeiros milionários, os clubes são relativamente pequenos e deparam-se com muitas dificuldades para competir com os rivais espanhóis, ingleses, alemães e italianos. Os dirigentes vincam a ideia de que a cobrança deste imposto não deve ser retroativa e que incida sobre o salário líquido e não bruto.
O presidente da federação francesa de futeboll, Noël Le Graët, opõe-se à ideia de greve, pois considera que «ainda há espaço para debater soluções». «Há um grito de alarme. Os presidentes dos clubes vão reunir e vamos ver o que podem fazer. A título pessoal, prefiro que se jogue futebol», disse.
A decisão de manter a taxa sobre o futebol contrasta com a recuo do seu Governo noutras frentes, como a proposta de um imposto sobre os camiões que foi suspenso esta semana depois de um enorme protesto na Bretanha. A ecotaxa, dirigida a obter até mil milhões de euros ao ano para projetos ferroviários, foi suspensa até que o Executivo ajuste a sua aplicação.
A pressão da Comissão Europeia para que a França reduza o défice público levou a esta subida generalizada de impostos e alimentou um crescente contentamento, como comprovam as últimas sondagens, em que Hollande surge com uma taxa de aprovação inferior a qualquer dos anteriores presidentes.
RELACIONADOS
França: Hollande recebe clubes, mas não cede