É sempre um dos momentos fortes de um jogo dos «All Blacks»: a Haka, o ritual da selecção da Nova Zelândia antes de cada jogo. E agora a curiosidade vira-se para a forma como o adversário reage. Este domingo, na final do Mundial de râguebi, a França inovou. Os 22 jogadores formaram em V, de vitória, deram as mãos e foram avançando sobre os adversários.

De um lado a força tribal da Haka, do outro uma caminhada silenciosa. Que parou a alguns metros, por imposição dos regulamentos. Conta Fabian Barcella, citado pelo LÉquipe. «Reunimos-nos antes do jogo para discutir o que fazer. E tínhamos vontade de avançar mais. Fomos bloqueados aos 50 metros», diz o jogador gaulês. Na verdade, aquele avanço já estava a violar a linha que os adversários não podem ultrapassar perante a Haka.

Thierry Dusautoir era o homem da frente. «Sentia os meus companheiros atrás de mim. Talvez até um pouco de mais¿ A certa altura foi preciso acalmá-los. Eles queriam abraçar os All Blacks. Houve um de nós que teve esta ideia. Ficará como um grande momento», diz. Outro jogador francês, Dmitri Yachvili, resume a intenção da coisa: «Desde a Haka, mostrámos-lhes que íamos estar presentes. Vimos nos rostos deles que estavam um pouco surpreendidos.»

O resto da história é conhecida. Ganhou a Nova Zelândia, por 8-7, num jogo disputado metro a metro, até ao fim.