O central Amoreirinha, curiosamente o primeiro jogador a ser contratado pela Académica no mercado de Inverno, passou a entrar nas contas de Domingos Paciência mais de um mês depois de ter chegado a Coimbra. O facto de ter rescindido em litígio com o Cluj, o seu clube anterior, atrasou, em termos burocráticos, a sua disponibilidade para jogar, além de ter estado a recuperar de uma lesão nas últimas semanas.

Agora, recuperado fisicamente e com o seu certificado internacional entregue nos serviços competentes, o jovem central já pode jogar e assume que gostaria de o fazer já neste domingo, frente ao Marítimo, apesar de ainda não estar fisicamente a cem por cento. «Agora há que trabalhar, dar o meu melhor, e esperar por uma oportunidade, que há-de surgir. A melhor forma de recuperar o ritmo é começar a competir», lembra o defesa, que ainda está à espera que a UEFA tome uma decisão quanto ao diferendo que mantém com o clube romeno.
A contestação dos adeptos à fraca produção da equipa fora de casa está na ordem do dia e é algo que o central não estranha, até pela passagem que teve, por exemplo, pelo Benfica. «É normal estarem insatisfeitos. Nós também o estamos. Os últimos dois jogos [Rio Ave e V. Setúbal, ambos fora] não correram dentro do que perspectivámos. A melhor forma de responder a isso é preparar da melhor forma os próximos jogos e vencê-los. O deste domingo, com o Marítimo, será uma óptima oportunidade para isso», assume.
Dos erros que têm custado as últimas derrotas, Amoreirinha preferiu não falar, voltando a insistir que o melhor remédio é olhar em frente, esperando que a pressão dos adeptos não afecte a equipa. «Espero que não. Posso falar por mim, pelos outros não sei como irão reagir. Temos de tentar unir-nos e não deixar que essas coisas passem para dentro do grupo», sentenciou.