A tendência para os resultados positivos da Académica manteve-se por mais um ano e, desta feita, o resultado referente a 2011/12 fixou um dos valores mais altos dos últimos anos: 1, 138 milhões de euros.

Só para ter uma ideia, no exercício anterior, o lucro havia sido de apenas 44 mil euros, e é preciso recuar à temporada 2006/07 para encontrar um exercício tão bom, na altura, na ordem dos 1,2 milhões de euros.

A vitória na Taça de Portugal e a venda dos passes de Sissoko e Markus Berger ajudam, em grande parte, a explicar os valores em causa. A assembleia-geral desta terça-feira decorreu, por isso, com a máxima tranquilidade, e a maioria dos cerca de 50 sócios presentes aprovou o documento.

A diminuição em 15,6 por cento no passivo (1,7 milhões de euros) de 10, 8 milhões para 9, 1 milhões foi outra das notas em destaque da reunião magna que não contou com a presença do presidente José Eduardo Simões, devido a uma indisposição.

Um dos grandes desafios da Académica no futuro próximo prende-se com a alteração da legislação que irá obrigar a instituição a ter de transformar-se em Sociedade Anónima Desportiva ou Sociedade Comercial por quotas.

Antes dos trabalhos, o presidente da assembleia-geral aproveitou para destacar o mérito da equipa no regresso às provas da UEFA e explicou a diferença abissal em termos financeiros dos clubes concorrentes no grupo da Briosa.

«O Atlético de Madrid tem um orçamento de 129 milhões de euros, o Plzen de 25 milhões, enquanto o nosso é de cerca de 4,5 milhões [um dos seis mais baixos da Liga]», referiu Fernando Oliveira. Os proveitos, justamente, da participação na Liga Europa só irão constar do próximo exercício.