A Agência Mundial Antidopagem acusou esta terça-feira a Organização Nacional Antidopagem da Ucrânia de ter avisado antecipadamente desde 2012 os atletas sobre a realização de testes aleatórios, violando regras e normas internacionais.

O diretor da agência afirmou que existem «provas convincentes e corroboradas» de que a organização ucraniana alertava os atletas diretamente ou através dos treinadores «para solicitar a sua presença (…) no dia seguinte, para a realização de testes» e que «as provas sugerem que (…) adotaria esta prática frequentemente antes de eventos internacionais importantes».

Por outro lado, a investigação da Agência Mundial Antidopagem revelou que também tem «provas convincentes» de que em 2021 a mesma entidade ucraniana «reportou conscientemente pelo menos seis amostras em competição como amostras [recolhidas] fora de competição».

«A incapacidade de registar corretamente uma amostra [efetuada] em competição ou fora da competição tem ramificações que afetam as análises conduzidas pelo laboratório, uma vez que algumas substâncias e métodos são proibidos apenas em competição. Desta forma, um teste positivo poderia ser incorretamente categorizado como negativo e um atleta poderia escapar a uma violação das regras antidoping», explicou.

Ou seja, resumiu a agência em comunicado, a investigação «levantou sérias questões sobre a integridade das práticas (..) e competência de algum pessoal».

As conclusões que resultaram da investigação foram agora encaminhadas para dois departamentos da agência para que sejam analisadas possíveis sanções.