Agostinho Oliveira, responsável pela selecção de sub-23, manifestou-se satisfeito com a vitória sobre a Irlanda do Norte (2-0) no Cartaxo, sobretudo com a qualificação para as meias-finais do International Challenge Trophy, uma vez que permite a este conjunto de jogadores somarem, pelo menos, mais um compromisso internacional. O seleccionador recordou que a equipa apresentou-se limitada, com muitas ausências, mas destacou a segunda parte em que apareceram os golos de Orlando Sá e Castro.

«Na segunda parte actuámos de uma maneira diferente, perante um adversário que quebrou. Eles abdicaram da solidariedade entre linhas, cederam mais espaços e aproveitámos para assumirmos alguns riscos. Ficámos com mais soluções na frente de ataque e a segunda parte já foi mais próximo daquilo que queremos», começou por destacar no final da partida.

Dois golos que surgiram na segunda parte, depois de um primeiro tempo com escassas oportunidades. «Temos de ter noção que esta selecção tem dez jogadores de fora. Não tínhamos jogadores para algumas posições do meio-campo, não há rotinas, mas os jogadores, com a sua qualidade técnica, disfarçaram essas lacunas. Estiveram muito bem nos duelos, com estes adversários, os defesas têm que ser rápidos a decidir, eles não dão muito tempo. Tentámos cumprir e estamos nas meias meias-finais, é importante, porque é mais uma possibilidade para estes jogadores terem mais compromissos internacionais», comentou.

Na véspera da partida, Agostinho Oliveira referiu-se a este grupo de jogadores como o «celeiro» da selecção principal. «As individualidades só se afirmam quando o colectivo é forte. Ninguém aparece por ser um grande jogador sem ter uma equipa forte por trás. Um desequilibrador só aparece com um colectivo forte, mas houve bons pormenores aqui. Houve jogadores que não conhecíamos bem e que mostraram qualidade para os continuarmos a seguir», referiu.

Agostinho Oliveira termina contrato com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) no final do presente mês. Na véspera o treinador explicou que é uma situação normal, todos os técnicos da FPF têm contratos renováveis de um ano e espera com tranquilidade um contacto que lhe permita delinear o futuro próximo. «Já falei sobre isso ontem, hoje o que é importante é o jogo», limitou-se a acrescentar.