Quem não se lembra do famoso cântico que se ouvia nas Antas e no Dragão, a evocar aquele que será o russo que atingiu maior sucesso no futebol português? Dmitri Alenitchev, hoje em dia, treinador das camadas jovens da Federação russa, concedeu uma entrevista ao site de UEFA, onde recordou o tempo que passou de dragão ao peito, com destaque para as conquistas europeias.

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«Vencer a Liga dos Campeões foi mesmo o ponto mais alto da minha carreira profissional; foi o reconhecimento pelo meu trabalho árduo. Ter talento nunca é suficiente ¿ é preciso trabalhar e eu gostava de fazê-lo», frisou.

Alenitchev, de resto, será sempre lembrado como o homem que marcou nas duas finais europeias do F.C. Porto de José Mourinho. Titular na final de Sevilha, suplente utilizado em Gelsenkirchen, Alenitchev confessa-se surpreendido pelo feito.

«Posso dizer honestamente que foi bastante inesperado. Nunca sonharia consegui-lo. Foi uma dádiva, mas mereci-a. Sempre tratei o futebol com grande respeito e as pessoas dizem que é por isso que o futebol também me tratou bem», afirmou.

Por detrás das duas conquistas esteve o mesmo cérebro: José Mourinho. O, agora, treinador do Real Madrid recolhe rasgados elogios do ex-pupilo: «Ele é como que um segundo pai para mim. É uma pessoa que fez tudo por mim e não há tempo suficiente para dizer tudo o que de bom tenho para dizer a seu respeito. É, de facto, um grande treinador e uma pessoa fantástica, que ainda me ajuda e me aconselha. Encontramo-nos sempre que há oportunidade e temos uma óptima relação. Espero que ele continue a ter sucesso.»