O primeiro-ministro elogiou esta quarta-feira a atitude dos autarcas do Oeste e da Lezíria por terem optado por elaborar um plano alternativo ao abandono da Ota como local para o aeroporto de Lisboa, em vez de apenas se queixarem, diz a «Lusa».

«Os autarcas do Oeste e da Lezíria pouparam o país aquilo que é habitual no nosso país: o espectáculo habitual das recriminações, da exposição de frustrações, do espectáculo de azedume desta vez isso não existiu», disse José Sócrates.

«Vi vontade de construir uma alternativa e não como noutras ocasiões no nosso país, não vi nem queixume, nem azedume nem recriminações. Foi uma atitude positiva de quem quer arregaçar as mangas e construir uma alternativa para o desenvolvimento», sublinhou o primeiro-ministro.

José Sócrates falava nas Caldas da Rainha onde presidiu à cerimónia de assinatura de um acordo de cooperação institucional entre o Governo e os presidentes das Câmaras que integram a Associação de Municípios do Oeste (12) e quatro da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo.

Os autarcas e o Governo, sob a coordenação do ministro das Obras, elaboraram desde Fevereiro um programa de acção para a região que contempla a realização de 120 projectos, até 2017.

Os projectos, 59 da iniciativa do Governo e 61 dos municípios, constituem o programa de acção para o Oeste, já aprovado em Conselho de Ministros e publicado em Diário da República, totalizando 2,1 mil milhões de euros.

«Durante anos a região suportou os custos directos de um grande projecto de desenvolvimento que acabou por não se realizar e isso teve um custo directo e mensurável», reconheceu o primeiro-ministro.