A coligação de na Câmara de Alenquer criticou a autarquia socialista pelo resultado das negociações com o Governo afirmando que os investimentos previstos não compensam os 10 anos de limitações por causa da Ota.

«As negociações foram muito mais vantajosas para os outros concelhos do Oeste do que para Alenquer que foi o mais prejudicado (com medidas preventivas que impediram o uso de parte do território)», afirmou Nuno Coelho da Coligação pela Nossa Terra (PSD, CDS/PP,PPM e MPT), escreve a «Lusa».

O Governo aprovou na passada quinta-feira em conselho de ministros o programa de acção para o Oeste (2008-2017) que contempla 2,1 mil milhões de euros para 16 municípios (13 do Oeste e 3 da Lezíria do Tejo) em resultado das negociações com autarcas após a decisão de abandonar a Ota como localização do novo aeroporto de Lisboa.

Referindo que não se opõem os investimentos previstos para os restantes municípios, a CPNT afirma que projectos como a requalificação da Linha do Oeste (que não passa por Alenquer) ou a construção de hospitais (Alcobaça ou Caldas da Rainha e Torres Vedras) são «mais vantajosas para os outros do que para Alenquer».

«Não posso aceitar que a conclusão do centro de saúde, uma escola para o segundo ciclo, um quartel da GNR e estradas cujos projectos já existem há anos sejam medidas compensatórias porque são obrigações naturais do Estado», exemplificou Nuno Coelho.