A um mês do fecho do mercado, Maisfutebol faz uma primeira análise aos três grandes do futebol português. O artigo será actualizado a 31 de Agosto. É também um fórum de discussão. Serão aprovados apenas os comentários de autores identificados e que obedeçam às regras definidas pelo jornal
Expectativa
Ser campeão é o objectivo óbvio para uma equipa como o Benfica. Mas a história do clube no século XXI aconselharia uma prudência que milhares de adeptos não têm demonstrado.
Plantel
O Benfica perdeu três jogadores de grande qualidade, internacionais experientes, de que pouca gente fala: Katsouranis, Reyes e Suazo. O grego e o espanhol seriam titulares nesta equipa de Jorge Jesus, o avançado discutiria com Saviola. Para o lugar destes, o clube da Luz apostou sobretudo em jogadores mais jovens. Acredita que este será o ano de Di Maria (ou de Fábio Coentrão, ou de Keirrison). Foi buscar Javi Garcia e Ramires e espera recuperar Saviola. O plantel tem potencial para crescer, mas, nesta data, é forçado afirmar que é melhor em 2009 do que era em 2008. Isto não significa que o Benfica não pode ser campeão ou que está condenado a ficar no terceiro lugar. Nada disso. A qualidade bruta do plantel é apenas um ponto de partida (e neste caso não é mais elevada). O lugar que se ocupa à chegada depende de muitos outros factores. A capacidade do treinador, o rigor dos dirigentes, a paciências dos adeptos e, claro, a qualidade dos rivais são alguns dos mais relevantes. Nota: a comparação é feita comparando as expectativas de hoje com as de Agosto de 2008.
Treinador
Jorge Jesus tem pelo menos uma vantagem em relação a Quique Flores: conhece o campeonato português. Sabe muito mais sobre os jogadores do que o espanhol na mesma altura da época. E também conhece os adversários, o que poderá ser importante para entrar bem na Liga.
Melhor opção
Jogador de selecção brasileira, Ramires foi contratado no momento certo. Experiências anteriores demonstram que a primeira temporada de um jogador sul-americano na Europa pode ser complicada. Jovem, o ex-jogador do Cruzeiro chega à Luz sem ter férias a sério e isso poderá ser um custo a pagar lá mais para a frente. No planto teórico, esta é uma boa contratação.
Pior opção
Pagar sete milhões de euros por um jovem «trinco» espanhol é capaz de ser dinheiro a mais. De resto, o Benfica anda há demasiado tempo à procura de quem possa ocupar aquele lugar. Na época passada, por exemplo, contratou Ruben Amorim e Yebda para jogarem por ali. Aparentemente, este ano nenhum deles parte como primeira escolha e o valor investido empurra Javi Garcia para o «onze».