O vogal João Abreu acusa o presidente do Conselho de Justiça (CJ), Gonçalves Pereira, de pressionar os restantes membros a tomar uma determinada posição de forma a «obter uma tese favorável ao F.C. Porto e Boavista».
João Abreu apontou, em declarações à Agência Lusa, que Gonçalves Pereira «teve uma actuação insistente e prepotente, tanto para os conselheiros como para os funcionários da FPF», acrescentando que o presidente «desvirtuou o espírito colegial» do CJ e «denegou os princípios da ética».
O vogal denunciou que «Gonçalves Pereira tentou pressionar os conselheiros no sentido de obter uma tese de vencimento favorável ao F.C. Porto e ao Boavista».
Recorde-se que Gonçalves Pereira comunicou a João Abreu que este estava impedido de participar na deliberação dos recursos apresentados por Pinto da Costa, presidente do F.C. Porto, e pelo Boavista. Foi a partir desse momento que se instalou a confusão na reunião do CJ, que foi considerada encerrada pelo presidente às 18, mas prosseguiu sem Gonçalves Pereira e o vice-presidente.
Os cinco vogais permaneceram reunidos até perto das duas da manhã e instauraram um processo disciplinar e suspensão imediata do presidente. Para além disso, negaram provimento aos recursos apresentados, confirmando a descida dos axadrezados e a suspensão de Pinto da Costa.