Arnaud proporcionou o maior momento de festa para os adeptos do Ponte da Barca. Perto do intervalo, marcou à Académica e reduziu a desvantagem para 1-2. Para este francês, o único estrangeiro do plantel, foi um instante soberbo.
«O resultado é justo, era um adversário de primeira divisão. Sofremos dois golos, conseguimos marcar mas fisicamente há uma diferença grande. Penso que deixámos uma boa imagem. Consegui fazer um golo, tentámos chegar ao segundo mas, mesmo perdendo, penso que fizemos uma boa exibição», disse Arnaud no final, num português esforçado.
Há um par de anos, veio parar a Portugal. Nasceu em Paris, filho de pais do Haiti e tem dupla nacionalidade. Passou pela República Checa, regressou a França e apareceu entretanto em Ponte da Barca.
«Vim para Portugal porque disseram-me que o futebol português é muito bom e que as pessoas gostam muito de futebol aqui», explicou, acrescentando: «Sou amador e tenho uma empresa de distribuição de publicidade..»
Arnaud parece Kanouté mas acumula outras alcunhas. Enquanto conversa com os jornalistas, um colega chama-lhe de Thierry Henry. «Era fã do Ronaldo Fenómeno, mas também gosto do Anelka e do Henry», confessa.
«Tenho 31 anos, vou tentar chegar mais a cima mas não digo que ainda consiga chegar à Liga. Foi importante para mim marcar, queria mostrar-me e também dar uma alegria aos adeptos», conclui Arnaud. Na segunda-feira, volta ao trabalho. A festa da Taça veio e foi-se. Pode ter aberto uma porta.