Daniel Sousa, treinador do Arouca, assumiu esta sexta-feira a importância de «dar uma resposta forte» aos dois últimos resultados negativos, na receção ao Farense, jogo da 27.ª jornada da Liga marcado para as 15h30 deste sábado.

Após uma sequência positiva, o Arouca perdeu gás no campeonato com duas derrotas frente a Moreirense (0-1) e Sporting (0-3), que antecederam a paragem para compromissos de seleções, às quais o técnico quer agora reagir no regresso à competição.

O Farense, adversário dos lobos, vem também de uma má fase, a pior de toda a temporada, acumulando já oito jogos sem ganhar, algo que Daniel Sousa desvalorizou.

«As sequências de jogos têm sempre peso, obviamente. Pode colocar alguma pressão interna - ou não - sobre as equipas. E não estou a falar especificamente do Farense, estou a falar de nós, inclusive. Este jogo, para nós, tem uma importância grande pela série também. Temos dois resultados negativos e queremos dar uma resposta forte», constatou o treinador em conferência de imprensa.

Daniel Sousa acredita que a exibição diante do Moreirense foi apenas um «percalço», não representativo da evolução que o conjunto da Serra da Freita tem apresentado, nomeadamente ao nível da «transição defensiva» e «defesa de cruzamentos».

«Este foi um jogo em que as coisas não estiveram tão ligadas como costumam estar. Acreditamos que foi um caso que não vai ter réplica, ou até terá, no sentido de haver uma resposta contrária ao que foi esse jogo, que foi atípico da nossa parte. Não é um retrocesso ao que tem sido, aliás, até é um alerta. O processo também ganha com este tipo de jogo», explicou.

O técnico destacou também a valia do adversário algarvio, uma formação que considera jogar de uma forma «facilmente identificável», mas bem trabalhada.

«Esperamos uma equipa que tem armas interessantes, bastantes golos e umas dinâmicas, sobretudo na entrada pelos corredores, que são bastante perigosas, tendo referências na área como o Zé Luís e o Bruno [Duarte]. Por isso, tem um estilo de jogo que é facilmente identificável. Quando é assim, quer dizer que a equipa o trabalha de uma forma regular e isso é mérito do treinador, do seu staff e da equipa», referiu.

Ainda que o sétimo lugar signifique um distanciamento da luta pela manutenção - o Arouca era último classificado aquando da chegada de Daniel Sousa ao comando técnico -, o treinador rejeita encarar os jogos com maior conforto.

«Obviamente que olhamos para a tabela, mas tem de ser com algum distanciamento emocional. Senão, quando estávamos lá em baixo, íamos sentir-nos angustiados e agora tranquilos. Não queremos nem uma coisa nem outra. Vamos trabalhar da mesma forma, queremos ganhar todos os jogos. Todos, não só os do nosso campeonato», vincou.

A fechar, uma boa notícia para Daniel Sousa que, pela primeira vez esta temporada, tem todo o plantel disponível para a convocatória.