Ponto forte: coesão defensiva
Sete golos sofridos apenas em dez jogos oficiais, incluindo dois duelos com o Barcelona e um com o Real Madrid. Mais do que as zero derrotas, há um outro dado que impressiona neste Atlético de Madrid: ainda não esteve em desvantagem no marcador esta época!! A coesão defensiva é o grande trunfo desta equipa. Na verdade é a coesão, apenas e só, mas isso nota-se sobretudo na vertente defensiva. E restringir os elogios aos elementos mais recuados seria uma tremenda injustiça, que esta equipa fala a uma só voz.

Ponto fraco: sem vontade de assumir o jogo
Muito consciente dos seus defeitos e virtudes, o Atlético de Madrid é uma equipa que se sente pouco à vontade para assumir as despesas do jogo. Vive mais de manter o seu equilíbrio do que procura desequilibrar o adversário. No plantel não há, de resto, muitos jogadores talhados para encontrar espaços em defesas fechadas. Os «colchoneros» preferem, por isso, que seja o opositor a pegar no jogo, espreitando depois o golo em contra-ataque ou através de lances de bola parada.

Principal ameaça: Koke
Este destaque seria para Diego Costa, se o antigo avançado de Sp. Braga e Penafiel não estivesse afastado do jogo do Estádio do Dragão, devido a castigo. Tem sido a grande figura deste início de época, com oito golos apontados em nove jogos (não participou na receção ao Zenit, por estar a cumprir o primeiro jogo da suspensão europeia). Ora sem Diego Costa, e pese embora o mediatismo de David Villa, a escolha, baseada no rendimento, seria entre Koke e Arda Turan. Ficamos pelo primeiro, um homem da casa, o rei das assistências até ao momento, também por ser o jogador mais requisitado para a cobrança de bolas paradas. Joga a partir de uma ala (normalmente a esquerda) mas no fundo é o terceiro elemento da zona central do terreno, juntando-se a Gabi e Mario Suárez (ou Tiago). Por vezes a sua colocação à esquerda ou à direita depende da vocação ofensiva dos laterais adversários. É uma garantia de segurança para Diego Simeone, e para além de tudo isto ainda consegue dar um importante contributo ofensivo, e não apenas pelo papel que assume nas bolas paradas. Forte no último passe, sobretudo em contra-ataque, entende-se às maravilhas com Diego Costa. Foi esta combinação que deu origem ao golo da vitória no Bernabéu.