O português João Vieira terminou a prova dos 20 quilómetros marcha de Budapeste2023, este sábado, no 33.º lugar.

O atleta luso somou a 13.ª presença em Campeonatos do Mundo de atletismo, igualando o recordista Jesus Bragado.

O veterano marchador do Sporting, de 47 anos, concluiu as 20 voltas em 01:23.37 horas, sem conseguir melhorar a sua melhor marca do ano (01:22.08).

O espanhol Álvaro Martín venceu em 01:17.32 horas, batendo, por sete segundos, o sueco Perseus Karlstrom, segundo, e, por 15, o brasileiro Caio Bonfim, terceiro.

«Dei o meu melhor, fiz um bom resultado, na ordem da hora e 23 e isso é que interessa. Agora é meter a cabeça no sítio e seguir em frente. Saio satisfeito, apesar de inicialmente o principal objetivo serem os 20 quilómetros, como saí da cota, tive de treinar para os 35. Queria fazer melhor, mas este tempo era o que eu tinha hoje», afirmou, citado pela agência Lusa.

«Foi uma prova bastante difícil, tive de encontrar o meu ritmo e estou muito cansado da viagem de ontem [sexta-feira]. Ainda estou sem mala, os abastecimentos foram improvisados e acho que a palavra de ordem destes campeonatos vão ser estes atrasos todos», frisou.

Além dos atrasos nos voos da comitiva portuguesa, que afetaram João Vieira, também a prova deste sábado foi reagendada para duas horas depois do previsto.

«Foi difícil por terem adiado a prova em duas horas. Já estávamos na câmara de chegada, quando disseram que ia ser atrasada duas horas. Os outros perguntavam-se se em algum dos anteriores campeonatos tinha acontecido e não, nunca aconteceu. Mas estou muito satisfeito e orgulhoso por ter sido felicitado por muitos atletas, que confessaram que eu sou um exemplo para eles, aos 47 anos», destacou.

«Agora quero recuperar. Ontem não fiz recuperação da viagem, mas, certamente vou estar na partida para os 35 [quilómetros marcha, na quinta-feira]», assegurou.

João Vieira igualou os 13 Mundiais do espanhol e também marchador Jesus Bragado, que conseguiu o feito com mais quatro anos do que o português.

«Não pensei em estar nos próximos Mundiais [em 2025, em Tóquio]. Dou um passo de cada vez. O objetivo é estar em Paris2024, tenho de tentar a classificação nos 20 quilómetros e, depois, logo vejo. A idade já vai longa e tenho uma filha que também precisa e merece estar comigo», concluiu.