Áustria de Viena: a análise detalhada

Campeão austríaco em 2012/13, com cinco pontos de vantagem, esta época o Áustria de Viena já tem seis pontos de atraso para o Red Bull Salzburg, cumpridas apenas oito jornadas (três vitórias, três empates e duas derrotas).

O grande problema da equipa orientada pelo croata Nenad Bjelica tem sido a insegurança defensiva (dezasseis golos sofridos em treze jogos oficiais). Em organização defensiva o adversário do FC Porto costuma apresentar-se em 4x5x1. Hosiner, o habitual ponta de lança, preocupa-se apenas em cortar a ligação entre os centrais, «aliciando-os» para terrenos e passes mais arriscados (imagem A da galeria).

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Estes deparam-se depois com uma linha intermédia de cinco elementos, muito coesa. Uma barreira difícil de ultrapassar e que consegue recuperar muitas bolas, lançando de imediato um ataque rápido.

Quando um médio adversário recua no terreno para tentar pegar no jogo é acompanhado pelo marcador direto, que procura evitar que este de vire e tenha tempo de pensar no passo seguinte. Refira-se, ainda assim, que por vezes esta ânsia de pressionar deixa algum espaço entre o meio-campo e a defesa, que pode ser explorado (imagem B). O Áustria de Viena tenta compensar isso com a subida da linha defensiva (imagem C), mas esse é um risco que o último reduto tem dificuldades em controlar. Quando aparece um elemento entre linhas a tendência é para que o capitão Ortlechner avance para o pressionar, mas desprotegendo a retaguarda.

No que diz respeito à organização defensiva, o Áustria de Viena tem algumas dificuldades em ligar o seu futebol, sobretudo devido às limitações na primeira fase. Mader procura recuar no terreno para pegar no jogo, e Suttner é também uma opção para iniciar os ataques, mas os restantes elementos da defesa tendem a recorrer ao futebol direto, visando sobretudo os extremos, uma vez que Hosiner seria presa fácil para os centrais contrários.

A equipa de Bjelica sente-se mais confortável, por isso, quando recupera a bola em consequência da forte pressão a meio-campo, ou em situações de puro contra-ataque após um ataque adversário.

No que diz respeito às bolas paradas o FC Porto teve ter em atenção os pontapés diretos de Gorgon e os livres laterais de Mader pela direita, que saem muito chegados à baliza. Importa ainda referir que, em situações de cantos ou livres laterais defensivos, o Áustria de Viena costuma defender à zona: uma primeira linha de cinco elementos, uma segunda de três e ainda dois jogadores à saída da área (imagem D).