A mudança no comando técnico do basquetebol do 1º de Agosto levou a Angola um dos treinadores mais galardoados de Portugal. Luís Magalhães deixou o campeão português Ovarense e abraçou o projecto dos militares, substituindo Jaime Covilhã. «O clube é campeão africano e uma das potências no continente. É mais um desafio para mim», revelou o treinador, em declarações ao Maisfutebol Angola, acrescentando que o D¿Agosto «é um dos principais clubes de África» e que para além de Francisco Jordão e Rodrigo Mascarenhas, que actuaram em Portugal, já conhece «Armando Costa, Mutomba, Kikas e também o Miller, que é um jovem de quem se vai falar muito no futuro».
Explicando que estava um pouco enfadado com a liga portuguesa, Luís Magalhães argumentou que «não é um fenómeno novo, os clubes angolanos reforçarem-se em Portugal», visto que «há uns anos o 1º de Agosto também foi buscar Mário Palma».
Ainda assim, foi uma conversa com um dirigente da federação angolana e ex-jogador do Benfica que o persuadiu: «Propuseram-me um contrato aliciante, alicerçado em informações que recolhi. Jean Jacques foi importante, convenceu-me.»
O treinador português apenas começa a trabalhar com a equipa principal esta quinta-feira, devido à Supertaça disputar-se esta quarta. «Achámos que era melhor não mexer na equipa técnica até aí», explicou, declarando que o 1º de Agosto «quer voltar às vitórias nas competições internas e externas».
Chegado a Angola há poucos dias e apresentado na segunda-feira, Luís Magalhães já observou algumas partidas. E, comparando com o basquetebol português, o técnico considera que em Angola o jogo «é mais agressivo, tem mais contacto físico e é mais atlético e rápido», do que o português. «Há aqui boa matéria prima. Vi dois jogos e penso que há coisas a serem corrigidas. Ainda só há três equipas que conseguem equilibrar os jogos e tem de haver mais competitividade no campeonato», apontou, por fim.
Sobre um eventual cargo na federação angolana, o técnico português afirmou que, «tudo o que se falar é, neste momento, pura especulação».