Rui Lima
O mais inconformado dos jogadores que esta tarde pisaram o Municipal de Aveiro, tornando-se ao mesmo tempo num dos elementos que maior dinâmica deu ao futebol do Beira Mar. Muito activo no meio-campo, trocando várias vezes de posição com Ahamada e Kingsley, esteve sempre em movimento, procurou várias vezes o espaço vazio e tentou dar velocidade ao jogo da equipa. Duas ou três jogadas provam-no. Depois de um excelente trabalho individual sobre Vasco Faísca, por exemplo, rematou ligeiramente por cima da barra, ele que pouco antes marcara o canto que permitira a Alcaraz cabecear com estrondo à trave. Saiu a dez minutos do fim completamente esgotado, dando o seu lugar a Ali numa altura em que começava a desaparecer.
Ahamada
O marroquino foi, juntamente com Rui Lima, o grande responsável pela dinâmica do futebol do Beira Mar. Menos dado do que o companheiro a tarefas defensivas, Ahamada conseguiu aproximar-se da capacidade empreendedora de Rui Lima em vários outros aspectos, na movimentação ofensiva, por exemplo, na tendência para procurar futebol nos espaços vazios, na rapidez com que procurou jogar. Na primeira parte ainda teve um cruzamento muito bom que deixou Tanque Silva na cara do golo. O uruguaio falhou.
Marcel
Constituiu-se como o jogador mais inconformado da Académica, o elemento que mais lutou contra o marasmo colectivo, mas não teve sorte nenhuma. Numa tarde de apatia generalizada, raramente teve bolas jogáveis lá na frente e sem futebol que lhe chegue aos pés não há forma de desequilibrar. Das poucas vezes que o jogo chegou à sua zona, Marcel esforçou-se por lhe dar um bom seguimento. Cabeceou, por duas vezes, com perigo em remates interceptados e bateu um livre muito forte que passou a rasar o poste.
Dionattan
Regressou à titularidade devido às várias ausências no meio-campo com que a Académica se apresentou em Aveiro, particularmente Roberto Brum e Hugo Leal que ficaram de fora por lesão, e mostrou que não foi por ele que a formação de Coimbra rubricou uma exibição tão pálida. Muito empreendedor, fartou-se de correr no meio-campo à procura de espaços para soltar o futebol da equipa, mérito ao qual acrescentou uma grande capacidade defensiva, recuperando bolas e fazendo cortes providenciais.
Alcaraz
O jogo não foi particularmente difícil para o Beira Mar, mas o central paraguaio mostrou sempre grande tranquilidade. Opôs-se muito bem, por exemplo, a um cabeceamento de Marcel que ameaçava ser perigoso, interceptando o remate para canto. Ainda conseguiu provocar a melhor oportunidade de golo aveirense numa subida à área adversária que concluiu com um cabeceamento à trave. Apenas teve uma falha, quando deixou que Luciano lhe fugisse, um erro que teve de emendar com uma falta.