A cerca de 48 horas da assembleia geral desta quarta-feira, que retomará a análise da difícil situação financeira do Beira Mar depois da interrupção de sexta-feira, os dirigentes auri-negros desdobram-se em reuniões para encontrar formas de saldar as diversas dívidas, avaliadas já em perto de dois milhões de euros.

Nesta segunda-feira, decorreu um segundo encontro mediado pela Liga, entre a direcção e os antigos dirigentes que procuram reaver o capital investido no emblema aveirense. Segundo o ex-presidente Artur Filipe, um dos principais credores, a par de José Cachide, foi possível chegar a um acordo que permitiu levantar uma das penhoras, sobre as receitas dos jogos até à recepção ao Benfica.

«Quanto a essa parte, já houve entendimento. Vamos ver como será para o resto e, sobretudo, se eles cumprem o acordado. Nunca quisemos prejudicar o Beira Mar. Somos todos sócios, eu, inclusive, há 50 anos, além de ter 26 como dirigente», revelou o antigo líder directivo do clube, em declarações ao Maisfutebol.

Por seu turno, o actual presidente, Mário Costa, apenas confirmou as palavras de Artur Filipe, mas não quis alongar-se sobre o assunto, garantido que irão prosseguir, nas próximas horas e até à assembleia desta quarta-feira, as diligências tendentes a assegurar a sobrevivência do clube.



Apesar dos problemas, o Beira Mar tem conseguido manter os salários dos jogadores em dia.