A figura: Claudemir

Começou por dar nas vistas por aparecer em terrenos (no meio-campo) onde não era, supostamente, esperado. Mas o brasileiro é mestre em polivalência e, já agora, também em bolas paradas. Apontou duas grandes penalidades sem pestanejar, em força e sem dar hipóteses a Rego. Resolveu o jogo.

A decepção: Abel Camará

É uma daquelas distinções que poderiam ser repartidas, neste caso, com Nildo. O jovem internacional português só surge na frente porque foi a surpresa no onze de Ulisses Morais, estreando-se a titular, e a grande penalidade que cometeu ainda foi mais infantil do que a do colega. Foi pena. Teve um cabeceamento na primeira parte que poderia ter mudado o rumo do jogo, mas a bola não entrou e o resto já foi explicado.

Outros destaques:

Diego Barcellos

Endiabrado desde que lhe deram a bola, foi um daqueles problemas de difícil resolução para a defesa aurinegra. Pautou o ritmo do jogo nacionalista, esticando-o e dando-lhe velocidade sempre com a baliza de Rego em mente. Sofreu a grande penalidade que permitiu abrir o marcador, aproveitando da melhor forma a entrada desgarrada de Nildo.

Candeias

Quase surpreendeu Rego com um chapéu depois de um mau passe de Jaime, mas o guardião recuou a tempo e segurou a bola. Continuou a acelerar pela direita, aproveitando o balanceamento ofensivo de André Marques, e mostrou-se num foco de perigo constante.

Yohan Tavares

Parece estranho destacar um central num jogo desta natureza, mas a verdade é que o luso-francês esteve impecável nas suas funções, parecendo por vezes jogar em pés de lã tal a forma delicada como logrou alguns cortes em zona sensíveis do terreno. Às vezes, encheu-se de raiva e ainda foi lá à frente, empurrando a equipa como se de um avançado se tratasse.