Jardel? Não, Buba!
Buba transformou-se esta noite num inusitado central goleador, ele que não tinha ainda sequer «picado o ponto» esta época! Há momentos assim, felizes. Habituado a evitar que os avançados contrários brilhem, desta vez o camaronês resolveu mostrar como é que se pode dar três valentes pontapés na crise de finalização dos aveirenses. Quando não há Jardel que lhes valha¿ há Buba. Tri Buba.
Carlos Martins e Yannick têm escola
Carlos Martins veio dar a organização e trouxe a arma do pé quente que tem, Yannick levou a explosão e o nervo a uma equipa com falta de imaginação. Tudo o que os suplentes colocaram no jogo ao intervalo beneficiou o Sporting. De resto, o golo surgiu dos pés de um cruzamento aparentemente inofensivo do número 10. Mas não seria conseguido sem a falha de Alê. Nani entrou mais tarde, e pouco depois apareceu o golo do outro suplente Yannick. Parece que Paulo Bento precisou de recorrer às armas letais para tentar arrancar os três pontos de Aveiro. Quase conseguiu. Já agora vale a pena lembrar que esta noite Paulo Bento apresentou um banco com sete jogadores formados na «cantera». É sempre bom lembrar.
Liedson voltou a colocar a mão no ouvido
O reencontro com os golos, no seu 100º jogo em Portugal, quase valia a vitória ao Sporting. Liedson parece que se zangou ao ver Jardel ajudar o Beira-Mar empatar a partida, e resolveu acordar. Quando tudo indicava que seria mais uma noite em branco, com oportunidades desperdiçadas, o levezinho surgiu na área para desviar para o golo já em cima dos 90 minutos. E que alívio terão sentido os sportinguistas quando Liedson voltou a colocar a mão no ouvido para ouvir o barulho das bancadas a festejar o terceiro da equipa leonina. Só não sonhavam com o que viria a surgir depois. Mas será que Liedson regressou de vez?
Jardel lembrou como era
O ex-goleador do Sporting relembrou à sua ex-equipa como decidia os jogos em Alvalade. Não marcou, mas o empate 2-2 teve contribuição de uma cabeçada sua e de uma grande defesa de Ricardo. E só entrou quando o Sporting já ganhava por 2-1...Depois foi aquela chuva tardia de golos. Mas a marca de Jardel ficou lá, bem guardada até no resultado.
Alê até seguia bem...
O guarda-redes brasileiro até realizou uma boa exibição. Segurou a primeira parte de forma limpa, saindo com muita segurança aos inúmeros cruzamentos despejados para a sua área em cantos ou livres. Conseguiu também defender remates à queima-roupa e estava a ser um destaque muito positivo. Até àquele lance. Em que uma bola inofensiva lhe fugiu incrivelmente das mãos e permitiu a Alecsandro fazer o golo aos tropeções. Depois desse lance redimiu-se com grande defesa a remate de João Moutinho. E voltou a ser destaque positivo até ao final. Não fosse aquela nódoa...
Farnerud numa estreia feliz a titular...de cinco minutos
Terá sido durante esse curto tempo que o sueco deu nas vistas na sua estreia no onze inicial do Sporting. Fez uma brilhante desmarcação a Liedson com um passe supremo, outros belos toques na bola e bom sentido de jogo, mas depois desapareceu. Completamente. Mostrou-se lento, pouco lesto a responder aos apelos dos colegas e chegou a perder bolas comprometedoras para a sua equipa. Saiu ao intervalo tal como o argentino Romagnoli e Paulo Bento terá deixado aqui uma mensagem implícita de que será bom que os dois façam mais para ficarem em Alvalade.
Diakité, sempre no sítio certo
É daqueles jogadores que facilitam imenso o trabalho dos companheiros da defesa. Como um íman, o jogador do Mali parece atrair as bolas e chega ser cansativo vê-lo acorrer a (quase) todas as jogadas que possam significar perigo para as suas cores. A isso, chama-se sentido posicional e capacidade de antecipação. Mas o trinco dos aveirenses também sabe organizar jogo e lançar os colegas no ataque quando é preciso, porque a bola, nos seus pés, sai sempre redondinha.