Aimar
Três oportunidades, zero eficácia. Pablo Aimar anda em busca do golo e andou à procura da bola o jogo inteiro. Com ela nos pés, o argentino mostra que sabe jogar e o Benfica é bem mais perigoso. Não é regular, aparece e desaparece do encontro. Mas quando se consegue «vê-lo» observa-se também uma equipa encarnada mais ofensiva, mais próxima da área contrária. Em suma, não foi uma exibição de encher o olho, mas que nada teve a ver com as primeiras em Portugal. Está muito melhor e aquele lance aos dez minutos foi de génio (o remate já não). Saiu na segunda parte, na qual nunca apareceu.
Luisão
Segurou como pôde a defesa do Benfica. Pelo ar, não deu hipóteses, pelo chão poucas, mesmo tenha decidido mal num ou outro lance. É verdade que quando arrisca o passe longo dá-se, normalmente, mal, mas cerrou os dentes e foi à luta com as armas que tem. O melhor do Benfica.
Suazo
Nem parecia ele. Pode ser vítima de tudo, mas quando tem a bola nos pés, controlada, sem ninguém ao lado e só com o guarda-redes e não resolve passa a culpado. O hondurenho usou e abusou do corpo e não fez o que lhe compete: marcar. Exibição muito cinzenta.
Júlio César
Boa mancha perante Aimar logo a abrir o jogo e mais um punhado de defesas a segurar o nulo na sua baliza. Aquela a remate de Maxi Pereira, na segunda parte, foi a mais vistosa, mas também não vacilou perante o isolado Suazo.
Diakité
Voltou com outro estado civil (casado), mas com a mesma vontade demonstrada antes, no país. Fechou o miolo do terreno belenense e isso foi notório no jogo do Benfica. Ou seja, tapou os espaços que havia à frente da defesa. Na sua zona de acção, Aimar andou sempre escondido, precisou de sair para as alas para procurar bola. Um trinco que o foi mesmo.
Mano
Bela exibição, cheia de entrega e garra e a ajudar Diakité na luta do meio-campo. É daqueles jogadores discretos, mas teve grande eficácia no encontro.