Rui Pedro Soares, presidente da SAD do Belenenses, foi o cicerone da conferência de imprensa de apresentação de Domingos Paciência.

O dirigente mostrou-se satisfeito por ter conseguido assegurar a contratação de um treinador a quem deixou elogios e que, confessou, era cobiçado há já algum tempo. «Estou muito contente que o Domingos seja finalmente treinador do Belenenses. Foi a primeira vez em que esteve disponível. Já no passado era nosso desejo que ele cá estivesse», disse aos jornalistas.

Numa conferência que durou quase meia hora e que contou ainda com a presença da equipa dos elementos que compõem a nova equipa técnica, Rui Pedro Soares aproveitou para lançar a próxima temporada.

«O objetivo que temos neste momento para a próxima época são 40 pontos, depois disso tentar algo mais...», referiu sem assumir, no entanto, uma eventual candidatura aos lugares europeus.

Por sua vez, Domingo Paciência frisou que é normal que esse objetivo venha a ser traçado na próxima época, mas apenas mediante a classificação no momento. «O objetivo são os 40 pontos e depois redefinem-se os objetivos. Antes de corrermos, caminhamos. E antes de caminharmos também gatinhamos.»

Com cinco anos de presidência na SAD do Belenenses, Rui Pedro Soares leva quase uma dezena de apostas em treinadores. Domingos é o terceiro só nesta época, depois de Júlio Velázquez e de Quim Machado. O dirigente sublinhou que alguns treinadores é que pediram para sair [como Júlio Velázquez por divergências com a administração] e acrescentou. «Compreendi a razão de tantas vezes questionarem o número de treinadores do Belenenses, com Benfica e Guimarães à parte. É porque, de facto, os treinadores têm saído valorizados daqui. Fico muito contente que o Mitchell van der Gaag esteja na primeira divisão da Holanda com uma equipa com um orçamento baixo e a fazer um bom campeonato, que o Lito esteja em Israel a conseguir disputar o título, que o Sá Pinto esteja na Grécia e muito contente que o [Jorge] Simão esteja em Braga depois de ter feito um bom trabalho em Paços [de Ferreira] e em Chaves. Acho que nunca nos enganamos nos treinadores que escolhemos», apontou.