A Tunísia conquistou a última Taça de África das Nações e defende o troféu a partir desta sexta-feira, no Egipto. Selim Benachour é um dos campeões em título e volta a fazer parte da equipa, assumindo o desejo de ver o seu país voltar a impor-se. . O jogador do V. Guimarães fala dos objectivos e antecipa a grande competição africana de selecções.
Benachour parte para a CAN-2006 com a ambição máxima. «Será uma competição difícil, mas queremos voltar a ganhar a Taça de África», sintetiza. «Os jogos serão muito complicados, será duro, tanto a nível físico, como a nível técnico, mas vamos jogar os possíveis e impossíveis e tudo faremos para ganhar. Sabemos que somos uma das equipas favoritas», assumiu.
Sendo um verdadeiro conhecedor, Benachour antecipa a maior competição de África e aponta os cabeças de cartaz, ou seja, as «potências» com mais probabilidade de chegar ao Estádio do Cairo (Egipto), a 10 de Fevereiro, para o jogo da final. «A Costa do Marfim, os Camarões ou Marrocos, a par da Tunísia e Senegal, são as equipas favoritas e com mais hipóteses de triunfar. São quatro, cinco selecções que podem conquistar a CAN deste ano», aposta.
«Queremos bater a Espanha no Mundial»
«Quando chegar a Guimarães estarei concentrado em poder ajudar o Vitória até ao Mundial», prossegue Benachour que, além de uma boa prestação na Liga portuguesa, tem dois objectivos bem definidos para 2006, que podem reconfigurar o seu destino, o seu futuro. A participação na Taça de África e, acima de tudo, o Mundial da Alemanha, onde poderá firmar, por essa altura, o contrato de uma vida.
Não se desvia dos sonhos e objectivos, antes os alimenta. Na vitrina à dimensão mundial, o «mago» tunisino, mais do que nunca quer atingir os seus desejos e a meta está fixada: «Se fizer uma boa CAN e um bom campeonato em Guimarães posso aparecer no Mundial em condições de fazer um bom contrato. O Mundial será difícil. Estamos no grupo da Espanha, mas o objectivo da Tunísia é claramente passar à próxima fase. Vamos actuar sem complexos e quero conseguir este objectivo para o meu país. A nível pessoal quero participar no máximo de jogos a titular», conclui.
Apesar de Benachour ter uma predilecção especial pelo Liga espanhola, não se torna mais expressivo poder defrontar a Espanha. Só o privilégio de poder participar numa competição desta magnitude o deixa, por antecipação, maravilhado. «Será um bom jogo com a Espanha, mas não é mais especial do que defrontar outros adversários. Vamos jogar como se fosse frente a qualquer outro país, sem pressão e no máximo. A Espanha é uma boa selecção e será o jogo mais duro do grupo H, isso é verdade, mas, sabendo que é difícil, queremos ganhar e bater a Espanha. A Tunísia é uma boa equipa», avança.