O apedrejamento da comitiva do Benfica na A-41, entre Paços de Ferreira e o Porto, motivou uma reacção forte de Rui Pereira. O ministro da administração interna fala em «grau zero de tolerância». «São actos de violência condenáveis, que podem provocar danos gravíssimos em pessoas e bens», disse.

Nesse sentido, as autoridades já abriram um processo de averiguações, confirmado pelo tenente-coronel Costa da Lima, porta-voz da GNR. A força policial quer descobrir quem foram os autores do ataque ao autocarro do Benfica, recusando-se para já a divulgar os indícios que podem levar aos criminosos.

Rui Pereira adiantou que é tempo de acabar com o clima de guerra no futebol e é preciso dar o exemplo rapidamente. «Vamos ser implacáveis em relação a estes actos e vamos apostar na prevenção e investigação criminal para detectar e trazer à justiça os responsáveis por estes actos gravíssimos.»

Benfica: emboscada com saco de pedras à comitiva

Em aberto está também a possibilidade de ser realizado um inquérito interno disciplinar à actuação da GNR, que permitiu que aquele viaduto estivesse sem policiamento, embora ministro e o porta-voz Costa Lima admitam que é impossível «policiar todos os viadutos entre Paços de Ferreira e o Porto».

«Naturalmente que houve uma falha, há sempre uma falha quando alguém é atacado, mas a falha maior é da sociedade portuguesa que permite que estas coisas aconteçam», referiu Costa Lima ao Maisfutebol, recordando que Luís Filipe Vieira ficou ferido e o carro onde se deslocava ficou danificado.

«Houve um forte dispositivo montado pela GNR em vários viadutos. É evidente que é difícil a cada metro existir um militar que garanta a segurança das viaturas, mas a partir de agora vamos ter grau zero de tolerância com a violência», completou o ministro Rui Pereira esta terça-feira de manhã.