O corpo do antigo presidente do Benfica João Santos foi cremado esta quinta-feira no cemitério do Alto de São João, em Lisboa, numa cerimónia que juntou cerca de uma centena de pessoas, entre as quais algumas figuras ilustres do clube.
Em representação da actual Direcção, o presidente da Assembleia Geral, Tinoco de Faria, recordou João Santos, que morreu terça-feira aos 90 anos, como «uma figura que ficará na memória dos benfiquistas», não afastando a hipótese de poder vir a ser atribuída a título póstumo a «Águia de Ouro», o maior galardão a que pode aspirar um associado «encarnado» e que João Santos viu ser-lhe negado em Assembleia Geral.
Gaspar Ramos, responsável pelo futebol na gestão de João Santos, recordou-o como «um cavalheiro que prestigiou o Benfica» e lamentou a ausência do «merecido reconhecimento». José Manuel Capristano, vice-presidente na gestão de Vale e Azevedo, classificou João Santos como uma figura que «sempre demonstrou uma enorme paixão pelo desporto» e que «faz falta ao Benfica».
Paulo Sousa, que foi formado na Luz e era titular durante a gestão de João Santos, lembrou o antigo presidente como «um homem bom, que fez do Benfica um clube de prestígio».
A cerimónia de cremação foi antecedida de uma missa, celebrada na Igreja de Santa Joana Princesa, na qual participaram, entre outros, Raúl Martins, em representação do pai Fernando Martins, e João Rocha, antigo presidente do Sporting. Nascido em Lisboa em 3 de Dezembro de 1914, João Santos, sócio número 253 do Benfica, assumiu a presidência do clube a 03 de Abril de 1987, sucedendo a Fernando Martins.