O Benfica venceu o Torneio do Guadiana ao derrotar na final o Olhanense. Foi uma vitória sofrida dos encarnados, conseguida nos instantes finais do jogo, por um herói inesperado: Miguel Vítor. Saviola foi eleito melhor jogador do torneio e Coentrão somou mais uma assistência.

A implementar o losango, Jorge Jesus desta vez colocou Rúben Amorim sobre a direita e Yebda a «trinco». Di María surgiu à esquerda e Aimar como vértice mais adiantado, no apoio aos avançados Saviola e Cardozo. Em relação ao jogo com o Athletic Bilbao houve troca de guarda-redes e de laterais, com Moreira no lugar de Moretto e Patric e Shaffer em vez de Maxi Pereira e Sepsi. Roderick e Miguel Vítor continuaram titulares no centro da defesa.

No Olhanense, Jorge Costa apoiou-se no 4x3x3 promovido na última época e que deu bons resultados à equipa algarvia. Já com ideias de jogo concebidas, Castro, Rui Baião (trinco) e Messi estiveram bem organizados no miolo, manietando a organização dos encarnados. Na frente, os extremos Ukra e Zequinha serviram o ponta-de-lança Rabiola.

Encarnados bem controlados

Com Aimar tapado por Rui Baião, o Benfica sentiu dificuldades em organizar-se ofensivamente, até porque Saviola era também controlado à distância por Castro. Rúben Amorim passou ao lado do jogo, sobrevivendo o ataque apenas com Di María e Cardozo.

Mesmo com menos tempo de recuperação, a organização algarvia no centro do terreno permitiu-lhe ter o controlo da bola em quase toda a primeira parte. Só aos 22 minutos é que o Benfica conseguiu aproximar-se com perigo da baliza de Bruno Veríssimo, num cabeceamento de Roderick.

Nuno Almeida, aos 28 minutos, assinalou uma grande penalidade por falta de Carlos Fernandes sobre Aimar, mas Cardozo atirou frouxo, permitindo a defesa de Bruno Veríssimo. Pouco depois, Di María marcou mas antes ajeitara a bola com a mão, com o auxiliar Gilberto Carvalho a detectar a infracção.

A segunda parte começou como a primeira, com o Olhanense a continuar mais perigoso. Ukra isolou-se mas o remate saiu por cima. Castro obrigou Quim à defesa da noite e, na sequência do canto, Roderick terá jogado a bola com a mão na área. Uma decisão muito discutível. No entanto, Ukra não ligou a pormenores e marcou a grande penalidade, colocando o Olhanense em vantagem. Avanço curto, porque no minuto seguinte, Cardozo empatou.

Até final, o Benfica teve mais domínio e posse de bola, com o Olhanense a contra-atacar com perigo. Quando se esperava pelas grandes penalidades, no primeiro dos três minutos de compensação dados pelo árbitro, Miguel Vítor desviou com sucesso um canto de Coentrão. E o Benfica ficou com a Taça.

Ficha de jogo

Benfica-Olhanense, 2-1

Estádio Municipal de Vila Real de Santo António

Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)

Auxiliares: Bruno Brás e Gilberto Carvalho

4ºárbitro: José Albino

BENFICA - Moreira (Quim, ao intervalo); Patric (Maxi Pereira, ao intervalo), Roderick, Miguel Vitor e Shaffer; Rúben Amorim (Carlos Martins, ao intervalo), Yebda, Aimar (Urreta, 79) e Di María (Fábio Coentrão, 67); Saviola (Nuno Gomes, 67) e Cardozo

Suplentes não utilizados: Sepsi, Jorge Ribeiro, Fellipe Bastos, Balboa, Mantorras, Nélson Oliveira e João Pereira

Treinador: Jorge Jesus

OLHANENSE - Bruno Veríssimo (Ventura, ao intervalo); Miguel Garcia (Tengarrinha, ao intervalo), Sandro, Anselmo e Carlos Fernandes (Stéphane, 63); Castro, Rui Baião e Messi (Guga, ao intervalo); Ukra (Toy, 73), Rabiola (Fábio, 72) e Zequinha

Suplentes não utlilizados: Ricardo Campos, Jaime, Lucas d`Alegre, Joshua Silva, Matias, Diogo e Gomis

Treinador: Jorge Costa

Disciplina: cartão amarelo a Carlos Fernandes (27), Di María (30), Zequinha (44), Yebda (46), Maxi Pereira (90) e Carlos Martins (90)

Marcador: 0-1, por Ukra (62, gp); 1-1, por Cardozo (63), 2-1, por Miguel Vitor (90)