À chegada de Munique, Rodolfo Moura, o fisioterapeuta do Benfica, explicou a evolução da lesão de Quim. O médico fez a história desde o início da hérnia até ao fim, com a operação. E pelo meio contou como, para a imprensa, transformou uma hérnia inguinal numa mialgia num adutor devido ao «segredo profissional».
Maisfutebol contou em primeira-mão que a história era mais complexa do que aquilo que foi divulgado pelo Benfica (ver o link ao lado). Agora, depois da operação ao jogador na Alemanha, chega a verdade pela boca do fisioterapeuta do Benfica.
«O Quim tem o primeiro sintoma ao serviço da Selecção Nacional. Após o tratamento conservador apresentou francas melhorias, não teve qualquer queixa, e jogou contra o F.C. Porto sem qualquer problema», lembrou. «Registou queixas novamente no jogo com o Villarreal. Depois foi informado da nossa suspeita, que era uma hérnia inguinal», contou, passando depois a explicar porque o Benfica afirmou ser uma mialgia. «Como compreenderão deve haver um segredo profissional, e pautámos por comunicar à imprensa que era uma mialgia do adutor direito. E a realidade é que o atleta tinha, e toda a gente estava previamente informada que era uma hérnia inguinal. Nestas situações optámos sempre pelo tratamento conservador e nunca pelo tratamento cirúrgico.»
No entanto, Quim voltaria a apresentar queixas. «Investimos novamente no tratamento conservador, e então jogou contra o Estrela da Amadora. No mesmo movimento que executou contra o Villarreal apresentou queixas. De imediato dissemos que não tínhamos outra solução que não ser uma atitude cirúrgica. Contactámos a doutora Ulrike Muschaweck e ela de imediato se prontificou a avaliar o atleta no domingo à noite. Foi avaliado e a opinião dela foi exactamente igual à nossa. O nervo está altamente afectado, a hérnia está instalada, era necessário recorrer à cirurgia.»
Agora que a operação foi realizada, resta dar tempo para recuperar. Sem prazos. «A cirurgia foi um êxito, agora vai começar a recuperação. Cada caso é um caso. Perante a mesma patologia as reacções poderão ser diferentes. Queríamos que agora deixassem o atleta em paz para recuperar completamente as suas funções.»